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Vítor Pereira lamenta empate, mas reconhece reação do Corinthians; treinador também falou sobre Rafael Ramos

14 mai 2022 - 23h44
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Mesmo em busca do empate por duas vezes, o técnico Vítor Pereira lamentou o 2 a 2 conquistado pelo Corinthians diante do Internacional na noite deste sábado, no Beira-Rio, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro.

"O Corinthians somou um, mas perdeu dois pontos. Perdemos dois porque o espírito que temos que criar é não estar satisfeito com um ponto fora. Claro que o jogo foi difícil, não entramos muito bem na partida. Criaram os problemas, essencialmente pelo nosso lado direito, onde não defendíamos bem. Tiramos o Mantuan (da esquerda) e colocamos naquele lado para defendermos melhor", iniciou o treinador em coletiva de imprensa realizada após o confronto.

Ainda assim, ele elogiou a reação da equipe, que foi em busca do placar fora de casa. "Essa reação só é possível com uma equipe determinada, que não estava satisfeita com o que estava acontecendo e sabe que tem capacidade para fazer melhor. Na primeira vez reagimos. Na segunda, depois de ajustar um pouquinho, voltamos melhores e mais fortes, empurrando o Inter para trás, como fizeram conosco no primeiro tempo. Acabamos tendo oportunidade de fazer o terceiro, mas o resultado é o que é. Parabéns aos meus jogadores que tiveram capacidade de reagir à adversidade.

O técnico também comentou sobre o caso de suposto racismo cometido pelo compatriota Rafael Ramos contra Edenílson, do Internacional. Outros nomes do Corinthians já falaram sobre isso também, casos de Roberto de Andrade, diretor de futebol, e o centroavante Jô.

"Eu acredito nas pessoas. Acredito no Rafael e no que ele me disse. Pelo o que conheço, da educação do Rafael, acho praticamente impossível ele ter um comportamento como o Edenílson diz que teve. Eu falei com o Edenílson, acredito que ele percebeu da forma como entendeu. Eu já tive essa experiência. Português e o brasileiro não são as mesmas línguas. Eu não estou dizendo quem está certo. Acredito nos dois", comentou. (veja abaixo o trecho completo da resposta).

Na próxima rodada, o Alvinegro recebe o São Paulo no primeiro Majestoso disputado na Neo Química Arena em 2022, no domingo, às 16h (de Brasília). Antes do compromisso do Brasileirão, porém, o Timão visita o Boca Juniors, na terça, pela Libertadores, na Bombonera.

Veja outros trechos da coletiva de Vítor Pereira:

"O Inter tem qualidade, coloca muita gente sobre a linha defensiva adversária. Mas não é fácil uma equipe estar duas vezes atrás do placar e ir buscar o empate. Não é para qualquer equipe, só um time com espírito forte, como nós tivemos. Na segunda etapa entramos muito melhores. Fizemos alguns ajustes, principalmente em termo de dinâmica, e voltamos bem. Poderíamos ter chegado ao 3 a 2, mas é isso. Um empate que não nos deixa satisfeitos no sentido de que o objetivo era a vitória".

Róger Guedes e Jô

"Depende do jogo. Depende do que o jogo pede. Já conversei com o Róger. Não tem a ver com ele propriamente, tem a ver com as características de um e outro, além do que o jogo estava pedindo no momento. Precisávamos de um atacante que segura mais a bola, que nos dá tempo para chegar ao ataque, coisa que não conseguimos na primeira etapa. O Róger é mais de espaço, gosta de atacar neles, enfrentar no um contra um, mas o jogo não pedia isso. O Jô tem as características do pivô, nos dá tempo para chegar e apoiar. Fez um belo gol, podia ter feito outro. Entrou bem e estou satisfeito".

Bombonera

"Eu nunca fui à Bombonera, mas já assisti grandes clássicos argentinos, de fato é um ambiente bonito. Sabemos que vai ser um jogo complicado. Em um período muito curto, tivemos o Inter hoje (sábado), viajamos amanhã (domingo) para a Argentina e depois o São Paulo em casa. Como eu digo, é para uma equipe com caráter, personalidade, que esteja unida".

Rafael Ramos x Edenílson

"Eu acredito nas pessoas, acredito no Rafael e no que ele me disse. Pelo o que conheço, da educação do Rafael, acho praticamente impossível ele ter um comportamento como o Edenílson diz que teve. Eu falei com o Edenílson, acredito que ele percebeu da forma como entendeu. Eu já tive essa experiência. Português e o brasileiro não são as mesmas línguas. Nós dizemos coisas que vocês não entendem, e a mesma coisa vocês com os portugueses. Eu tenho feito esse esforço de falar mais em brasileiro, que não é a mesma coisa. Eu não estou dizendo quem está certo. Acredito nos dois. Eu não conheço o Edenílson, mas parto do pressuposto que é honesto, mas pode ter entendido errado. Eu conheço o Rafael melhor, e nunca vi nada, é uma pessoa educada, com anos e anos de carreira. Eu não sei se já disseram o que o Rafael diz que disse. Então não vou repetir, não quero dizer palavrões, já basta os que eu digo no campo. Eles já conversaram. Um diz que disse uma coisa, o outro diz que entendeu outra, portanto… Eu acredito nos dois, mas creio em uma má interpretação do Edenílson".

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