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Tudo na mesma: quando trocar de técnico não adianta nada

31 out 2019 - 17h14
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Foto: Ramon Bittencourt/O Tempo / Estadão

Apenas cinco clubes permanecem com seus respectivos técnicos desde o início da Série A do Brasileiro, no final de abril: Grêmio (Renato Gaúcho), Santos (Jorge Sampaoli), Athletico-PR (Tiago Nunes), Bahia (Roger Machado) e Corinthians (Fábio Carille). Todos os outros já passaram por pelo menos uma dessas trocas ao longo da competição. A questão é que, para a maioria, a mudança na comissão técnica não representou nada de importante no desempenho do time.

Foi assim no Cruzeiro, Fluminense, Botafogo, São Paulo e Atlético-MG, só para citar alguns. Por outro lado, a mexida no comando da equipe deu ótimos resultados para o Flamengo – quando Abel Braga saiu, na sexta rodada, o time ocupava a sexta posição e, com Jorge Jesus, lidera a competição com folga. Também trouxe bons ares para o Palmeiras. Na 17ª rodada, que marcou o afastamento de Luiz Felipe Scolari, a equipe estava em quinto lugar e, hoje, com Mano Menezes, é o vice-líder, com boa diferença de pontos para o terceiro, o Santos.

Até o Vasco acabou beneficiado com a mudança. O interino Marcos Valadares saltou do barco na terceira rodada, com o time na lanterna. Veio Vanderlei Luxemburgo e o Vasco hoje está em 11º.

Mas, esses exemplos, são minoria. O Cruzeiro dispensou Mano Menezes após a 13ª rodada – com a equipe em 18º. Rogério Ceni chegou com jeitão de que ia arrumar a casa. Mas não teve sorte. Acabou dispensado depois da 21ª rodada, com o Cruzeiro ainda na zona de rebaixamento, em 17º. Na sequência, o clube contratou Abel Braga, que já dirigiu o time sete vezes. Até a tarde desta quinta, o Cruzeiro permanecia no Z-4, em 18º.

No Fluminense, Fernando Diniz perdeu o posto com a derrota para o CSA, no Maracanã, na 15ª rodada. Ali, o Flu detinha a 18ª posição. Seu substituto, Oswaldo de Oliveira, ficou apenas 38 dias no cargo e saiu deixando o Flu em 16º, com 19 pontos, a mesma pontuação de Cruzeiro e CSA (respetivamente em 17º e 18º). Já sob o comando do interino Marcão, foram oito jogos, com três vitórias, três derrotas e dois empates, com a equipe em 16º, podendo dormir esta noite no Z-4 de novo, se o Cruzeiro vencer o Botafogo no Engenhão.

O Botafogo teve um bom início de Brasileiro, mas depois começou a cair. Ao fim da 23ª rodada, o técnico Eduardo Barroca foi dispensado, com o time em 12º. Bruno Lazaroni teve a responsabilidade de assumir a vaga dele por duas partidas, como interino, até a chegada de Alberto Valentim, que já comandou o time por três jogos, com uma vitória e duas derrotas, o que deixa o Botafogo em 14º.

No São Paulo, Cuca se desligou do clube após a 21ª rodada, com o time na sexta posição. Desde então com Fernando Diniz, o time tricolor passou a ocupar o quarto lugar. Melhorou sim, mas com discrição. Já o Atlético-MG só fez sua troca mais recentemente. Saiu Rodrigo Santana e entrou Vagner Mancini. Mas, em poucas rodadas, a situação do time se manteve abaixo da crítica.

Também é cedo para uma avaliação mais segura sobre o que representou para o Internacional a troca de Odair Hellmann por Zé Ricardo.

Em clubes que entraram no Brasileiro com objetivos mais modestos, a sina é praticamente a mesma. No Avaí, após a nona rodada, Geninho levou cartão vermelho. O time era o lanterninha. Alberto Valentim recebeu convite para ajustar as coisas por lá, aceitou e saiu também pela porta dos fundos, depois de dirigir a equipe por 15 partidas. Só conseguiu levá-la para o 19º lugar – mas hoje o Avaí é de novo o último.

Na Chapecoense, Ney Franco foi demitido após a 11ª rodada, quando o clube era o 18º. Com o interino Emerson Cris e depois com Marquinhos Santos, pouco mudou em termos de classificação. Tanto que atualmente a equipe catarinense está em 19º

O CSA também ocupava a zona de rebaixamento no momento da dispensa de Marcelo Cabo, entre a nona e a décima rodada. Mesmo com a contratação de Argel Fucks, o time não conseguiu deixar o Z-4.

Já o Goiás pulou apenas de 10º para 12º com a troca de Claudinei Oliveira por Ney Franco, ainda na primeira metade do Brasileiro. As alterações também quase não surtiram efeito no Fortaleza, que perdeu Rogério Ceni para o Cruzeiro por pouco tempo e depois o recuperou. Nesse período, Zé Ricardo trabalhou no clube tricolor cearense. Por sua vez, o Ceará literalmente não mudou de lugar com a saída de Enderson Moreira e a contratação de Adilson Baptista no início de outubro. Estava em 15º e assim permanece.

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Fonte: Silvio Alves Barsetti
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