PUBLICIDADE

Tite retoma iniciativa que lançou Marcos e Cássio na Seleção

18 ago 2018 - 08h16
(atualizado às 08h16)
Compartilhar
Exibir comentários

O técnico Tite surpreendeu na última sexta-feira ao anunciar a convocação do jovem goleiro Hugo, do sub-20 do Flamengo, com passagem pela Seleção Brasileira nas categorias de base. Com o intuito de dar experiência ao atleta, o treinador repete um expediente que já rendeu ao time nacional nomes como o ídolo palmeirense Marcos e o gigante corintiano Cássio.

"Queríamos dar lastro, experiência, know how na posição. Alisson e Ederson têm 25 e 26 anos, respectivamente. Trabalhar esse jogador não é para mim, é para a Seleção. Essa integração é importante. Por isso a convocação (do Hugo)", explicou Tite, com um discurso semelhante ao utilizado por Dunga, em 2007, no momento em que anunciou que o jovem Cássio, de 20 anos, substituiria o lesionado Helton para os amistosos contra Chile e Gana.

"A convocação do Cássio faz parte do planejamento traçado pela comissão técnica de observar jogadores que possam ser aproveitados na seleção olímpica. Infelizmente foi em um momento de lesão de outro jogador, mas será importante", observou à época o treinador da equipe sobre o atleta, dono de apenas um jogo pelo time profissional do Grêmio

.

Cássio foi chamado nessa oportunidade e depois lembrado algumas vezes entre 2012, 2015 e o ano passado, coroando sua série no time nacional com a ida para a Copa do Mundo, na Rússia. O currículo, porém, registra apenas uma partida pelo time de cima, contra o Japão, no ano passado, muito diferente de outro agraciado com um chamado inusitado.

Mais de uma década antes, o jovem Marcos, aos 23 anos, era reserva de Velloso no Palmeiras e mal tinha jogado no time de cima quando o técnico Zagallo, em 1996, decidiu convocá-lo para a equipe que enfrentou a Lituânia, em um amistoso, com o arqueiro ficando na reserva de Zetti.

Titular do Alviverde a partir de 1999, Marcos tornou-se o dono do gol brasileiro em 2001, com a contratação de Luiz Felipe Scolari para o cargo de técnico da Seleção, e lá foi campeão do mundo em 2002. Perdeu a titularidade pouco depois, mas seguiu entre os nomes lembrados até 2005, quando defendeu pela última vez o selecionado nacional.

Ainda que os antecessores tenham obtido bastante sucesso, Hugo também tem um exemplo de que a convocação não será traduzida em glória naturalmente. E ela vem de Matheus Vidotto, aposta feita justamente por Felipão na sua volta à Seleção, em 2013.

Scolari considerou que precisava chamar um goleiro novo e viu no quarto nome da meta corintiana,então aos 20 anos, a solução. Apesar do moral recebido, no entanto, Vidotto nunca engrenou entre os profissionais do Corinthians e foi até afastado no final do ano passado após ser preterido por Caíque França na preferência de Fábio Carille.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade