São Paulo rejeita seguro por Lucas e espera mais R$ 5 milhões em venda
- João Henrique Marques
- Direto de São Paulo
O São Paulo adotou a postura de esperar o fim do ano para receber os 43 milhões de euros do Paris Saint-Germain pela compra de Lucas. A definição foi tomada após o clube se negar a realizar um contrato de seguro para o meia, e consultar especialistas da área financeira com a previsão de lucro de cerca de R$ 5 milhões futuramente.
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"A burocracia que envolve o contrato de seguro é gigante. Fizemos o orçamento e julgamos como caro. Não faremos seguro. Agora é esperar pelo final do ano o depósito do PSG. Acreditamos em uma alta do euro que será mais rentável ao clube", destacou o vice-presidente do São Paulo, João Paulo de Jesus Lopes, em entrevista ao Terra.
O acordo com o PSG foi fechado sem o preço do euro fixado. De lá para cá, a moeda teve valorização grande com relação ao real, e faz com que os 43 milhões de euros, avaliados em cerca de R$ 108 milhões no dia do acordo, já ultrapassem os R$ 112 milhões com a cotação atual.
A expectativa no departamento financeiro do São Paulo é de que o euro siga em alta até o fim do ano, e a transação atinja valor equivalente a R$ 113 milhões. O clube será detentor de 75% da verba, o que corresponde a 32,25 milhões de euros (cerca de R$ 85 milhões), e Lucas terá os 25% restantes, avaliados em 10,75 milhões de euros (aproximadamente R$ 28 milhões).
O contrato de seguro não foi uma exigência do PSG para o acordo. Em caso de fatalidade, como grave lesão de Lucas, a negociação dificilmente será concluída. "Teríamos o mesmo problema com um seguro feito. Ele só seria benéfico ao PSG. Para o São Paulo é só despesa", explicou Jesus Lopes.
Essa foi a segunda manobra realizada pelo São Paulo em busca de maior lucro com a venda de Lucas. Na primeira, o clube exigiu do jogador ficar com um valor maior do que estabelecido contratualmente em caso de venda.
De acordo com cláusulas estipuladas no contrato de Lucas com o São Paulo, o clube teria direito a 70% do valor da transação. No entanto, o acordo foi fechado com o meia cedendo 5% dos direitos ao clube, o que totaliza cerca de R$ 5,5 milhões atualmente.