PUBLICIDADE

Rosenberg sonha com presidente eleito pela torcida: "Seria inédito"

18 ago 2017 - 10h03
(atualizado às 10h03)
Compartilhar
Exibir comentários

O Corinthians tem 123.106 sócio-torcedores, de acordo com o torcedômetro do site Futebol Melhor. Atualmente o projeto ajuda a encher as arquibancadas da Arena do Timão, já que ele trabalha com uma espécie de programa de milhagem que beneficia os torcedores com maior frequência de presença a comprar ingressos em jogos importantes. Apesar disso, o objetivo inicial do Fiel Torcedor não era este. Luis Paulo Rosenberg, ex-vice-presidente do clube alvinegro, conta como foi o início do projeto e ainda pensa em algo maior: ter um presidente eleito por milhões de torcedores.

"É preciso definir o que é entendido como sócio torcedor. Quando eu deslanchei esse projeto no Corinthians, minha meta era muito clara: acabar com o tormento que era comprar ingresso. Ficava com fila, tinha cambista, picaretagem das empresas que vendiam ingresso, pancadaria com a polícia. Isso foi feito", relembra o economista de formação em entrevista à Gazeta Esportiva, em evento na Insper.

"Hoje, para mim, eu queria um sócio-torcedor que na verdade deveria ser sócio-eleitor. Então você pagaria cinco, dez reais e o único direito que você teria seria votar para presidente. Meu sonho é que o presidente do Corinthians fosse eleito com cinco, dez milhões de votos. Seria inédito na história".

O ex-braço direito de Andrés Sanchez ainda contou com trabalhar no clube que ama pode ser desgastante e destacou que não voltaria a compor a diretoria do Timão. Contudo, ele deixou em aberto a possibilidade de ajudar em projetos pontuais.

"Não. Não sou sócio e não volto a não ser para torcer e ficar contente com o sucesso atual", disse Rosenberg antes de deixar a porta entreaberta sobre a possibilidade de ajudar o time alvinegro.

"Se eu puder ajudar em um projeto, claro que o coração continua batendo forte pelo Corinthians, mas tem muita gente nova, talentosa. Precisa entender que o Corinthians é uma máquina de moer carne. Você se entrega de tal forma que vai emprego, família, descanso, saúde. Não acho que eu tenha dado pouco para o Timão e acho muito bonito que os jovens tenham oportunidade. Se tiver um projeto mais complexo tem alguma coisa que a gente possa ajudar, claro que estarei fazendo isso".

Leia mais: Rosenberg acredita no potencial da Arena e quer renegociação de dívida

Luis Paulo Rosenberg ainda ressaltou que sua saída do campeão paulista de 2017 foi tranquila e que ele atingiu o auge durante sua passagem. Ele ainda exemplificou um projeto que poderia fazer ele retornar ao time do Parque de São Jorge.

"Nenhum problema. Sempre disse que minha participação era transitória. Eu entrei no Corinthians quando caiu para a Série B, desci do avião de Tóquio e disse 'chega, o que eu posso fazer melhor do que isso?' Enquanto não tiver um torneio contra marte, nós chegamos no topo. Depois eu tive essa ideia, quem sabe a gente não assume o Corinthians Casuals (time com nome similar ao do Timão que joga na quarta divisão inglesa) e não tem a ambição de disputar a Premier League. Acho que esse é um objetivo bacana. Saí tranquilo".

Especial para a Gazeta Esportiva*

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade