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Diniz e Crespo se enfrentam pela primeira vez neste domingo

Estilos diferentes marcam os dois técnicos que têm um ponto em comum: o comando do São Paulo; hoje, Diniz está à frente do Santos

20 jun 2021 - 07h05
(atualizado às 09h11)
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O perfil enérgico de Fernando Diniz, com preleções explosivas no vestiário, incluindo palavrões e olhos arregalados, contrasta com a personalidade de Hernán Crespo. O argentino, mais discreto e sereno, prefere dar lugar aos líderes do elenco tricolor nas rodas de conversa minutos antes de subir para o gramado.

Crespo é o atual treinador da equipe do São Paulo
Crespo é o atual treinador da equipe do São Paulo
Foto: Reprodução/ SPFCTV / Estadão Conteúdo

As vestimentas à beira do campo também são bastante diferentes. Fernando Diniz é adepto do famoso abrigo do clube, um treinador, conforme muitos gostam de dizer, "raiz". Hernán Crespo, por sua vez, está sempre de terno, uma homenagem ao seu pai, que trabalhava na Bolsa de Valores argentina e saía de casa sempre de traje social. Por ter se tornado jogador de futebol, Crespo jamais teve a oportunidade de se vestir frequentemente assim.

Embora haja diferenças consideráveis entre os dois treinadores, Crespo aproveitou o legado deixado por Fernando Diniz no São Paulo. O próprio treinador argentino já admitiu em entrevistas que parte do que foi implementado pelo técnico anterior segue fazendo parte do padrão tático tricolor.

"Tenho muito respeito por Fernando Diniz e seu trabalho. Creio que parte disso que está havendo hoje no time tem uma base do Fernando. Estou aproveitando o seu trabalho, implementando coisas novas, para dar uma identidade precisa ao São Paulo. Nem melhor, nem pior, simplesmente diferente em termos de estilo. Mas, sim, posso dizer 'obrigado' ao Fernando, porque estou aproveitando um trabalho passado muito bom", disse Crespo após a vitória sobre o Red Bull Bragantino no Campeonato Paulista.

Ao ser perguntado sobre esse reconhecimento de Hernán Crespo e a emoção de reencontrar o São Paulo, Diniz desconversou.

"Faz parte do futebol. Procuro fazer meu melhor onde trabalho. Farei tudo que for possível pelos objetivos do Santos. Será bom rever muitos amigos que fiz no São Paulo, mas meu interesse único e exclusivo é fazer meu melhor pelo Santos", falou.

"Sempre acontece onde trabalho, não é exclusividade do São Paulo (manter relação com atletas). São relações esportivas para a vida, até porque não sei separar minha vida do lado profissional. Aprofundo relações, gosto de trabalhar assim. Recebi muitos telefonemas, mas também do Fluminense, Athletico, Audax. Mantenho boas amizades em todos os clubes que passei", completou.

Neste domingo, na Vila Belmiro, Crespo e Fernando Diniz se enfrentarão pela primeira vez. Dois treinadores jovens, tidos como promissores, com ideias propositivas, cada um ao seu estilo, não abrindo mão do protagonismo. Com ambas as equipes em baixa, o clássico não tem favorito. Certo mesmo é que esse San-São pela quinta rodada do Campeonato Brasileiro vale muito mais que os três pontos.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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