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Em bom jogo no Independência, Galo bate o Fluminense em noite de fim de jejum

10 ago 2019 - 23h21
(atualizado às 23h28)
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Ricardo Oliveira marcou o segundo gol do Atlético (Foto: Atlético)

Foi um confronto aberto. Tanto Fluminense quanto Atlético não abriram mão de jogar, na noite deste sábado, no Independência, em duelo válido pelo Campeonato Brasileiro. O Galo, no fim das contas, foi superior durante a maior parte do confronto e venceu o Tricolor, por 2 a 1.

A partida serviu para o atacante Ricardo Oliveira acabar com o grande jejum de gols que vinha, com 15 partidas sem fazer um tento. O jogo foi bom, aberto, corrido, com o Atlético melhor na maior parte do jogo, exceto os últimos minutos quando o Fluminense colocou o Galo em um sufoco incrível e chegou a marcar um gol com Nenê.

O resultado é bom para o Atlético que se mantem na mesma distância dos primeiros colocados, sobretudo o Flamengo, que tem a mesma pontuação, ambos com 27. O Rubro-Negro venceu o Grêmio, por 3 a 1, no Rio de Janeiro, em duelo também neste sábado. O Fluminense está na porta da zona do rebaixamento, com 12 pontos, na 16ª colocação. O Cruzeiro, melhor posicionado dentro do Z4, tem 10 e, assim, pode sair neste domingo caso vença o Avaí, na Ressacada.

Primeiro tempo

Sem jogos no meio de semana, o Atlético entrou em campo com sua formação principal, com apenas uma alteração: Jair ficou fora com desgaste muscular e Ramón Martinez ficou com a vaga.

Os primeiros minutos foram muito equilibrados. O Fluminense seguia com sua incrível proposta de jogo de trocar passes e evitar chutes de longa distância. Os primeiros minutos funcionaram bem e a equipe do Rio de Janeiro conseguiu chegar com perigo contra a meta do Galo, a principal delas com Pedro, de cabeça.

Mas o Atlético cresceu de rendimento após este lance. Algo interessante a ser observado é a variação de jogo que o Galo apresentou em relação à última partida.

O Galo passou a adiantar a marcação para pressionar a saída de bola do Fluminense. Ao invés de tranquilidade para trocar passes, o Tricolor tinha dificuldades. Inclusive, apelou por chutão. Junto com esse adiantamento, Cazares ficou mais deslocado para a direita, Vinicius centralizado - eles invertiam em vários momentos - e Chará na esquerda.

Ricardo Oliveira e a fase ruim

O momento do atacante Ricardo Oliveira não é nada boa. E o jogo desta noite mostrou isso. Aos 19, o camisa 9 recebeu lançamento, ganhou no drible de corpo do zagueiro e partiu, cara a cara com Muriel. Na frente do arqueiro, no entanto, ele demorou a definir, perdeu ângulo e se confundiu na batida, facilitando a vida do goleirão.

O Galo melhorou consideravelmente após a chance de Ricardo. Os últimos 10 minutos do primeiro tempo, inclusive, foram de pressão total do Galo. O Fluminense já não conseguia respirar, não tinha forças para trocar passes e sair jogando. Parte dos problemas eram explicados por Paulo Henrique Ganso posicionado muito próximo aos zagueiros, com dificuldades para atuar e com problemas para contribuir defensivamente.

Aos 39, em roubada de bola, Cazares carregou a bola e chutou forte. O goleiro defendeu. O detalhe do lance é que Ricardo Oliveira estava ao lado do camisa 10 e reclamou da falta do passe.

Aos 40, Ricardo Oliveira perdeu mais um gol cara a cara. Em ótimo lançamento, o camisa 9 conseguiu dominar com qualidade, mas chutou e o goleiro Muriel conseguiu abafar com qualidade.

No minuto seguinte o Galo abriu o placar. Em boa chegada pela direita, Patric fez o cruzamento em busca de Ricardo Oliveira. O zagueiro Digão conseguiu tirar, mas na sobra estava Cazares que bateu firme, sem chances para o arqueiro que tinha sua visão atrapalhada pelos zagueiros.

Segundo tempo

Na volta para a etapa complementar, em busca de mudar alguma coisa, Fernando Diniz mandou João Pedro e Nenê para o jogo. Apenas para observação, no último jogo antes da parada para a Copa América, Nenê esteve no Independência e foi fundamental para o Tricolor empatar com o Galo em Belo Horizonte. Algum tempo depois, com outro clube de três cores, mas de outro estado, ele também tenta contribuir para o empate.

Aos cinco minutos, a fase de Ricardo Oliveira parecia que ia seguir: em vacilo da zaga, Digão deixa para o camisa 9, mas a bola toca nele e vai pra fora. O pastor olhou para o céu e fez sua oração, pediu ajuda.

Funcionou!

No lance seguinte, em novo vacilo da defesa do Fluminense, que tinha dificuldade com a marcação alta do Atlético, deixou o presente para Ricardo Oliveira dentro da área. Tinham dois defensores na frente, mas o camisa 9 buscou seus melhores momentos na memória para bater na bola com qualidade, tirar de Muriel, e fazer a redonda acertar a bochecha da rede.

Ricardo saiu gritando. Todos os reservas saíram correndo em busca de um abraço de carinho com o experiente atacante que acabou neste momento, aos cinco minutos do segundo tempo, com o jejum de 15 jogos sem marcar um tento. Importante lembrar que durante a semana, em coletiva, o centroavante confirmou que no jogo contra o Tricolor acabaria com a seca.

O Fluminense precisou de alguns minutos para buscar o ataque e tentar diminuir. Gonzalez foi o responsável por bater a defesa atleticana e furar o bloqueio de Cleiton. No entanto, o bandeira dedurou o colombiano impedido e, com ajuda do VAR, Wilton Pereira Sampaio confirmou que o gol foi invalido.

No finalzinho, o Fluminense conseguiu diminuir a diferença. Em cruzamento na área, Nenê colocou para o fundo das redes. O Tricolor pressionou muito, mas não conseguiu.

FICHA TÉCNICA

ATLÉTICO-MG 2 X 1 FLUMINENSE

Local: Arena Independência, em Belo Horizonte (MG)

Data: 10 de agosto de 2019 (Sábado)

Horário: 21h (de Brasília)

Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (Fifa-GO)

Assistentes: Fabricio Vilarinho da Silva (Fifa-GO) e Bruno Raphael Pires (Fifa-GO)

Gols: Cazares, aos 41 do primeiro tempo, Ricardo Oliveira, aos 5 minutos do segundo tempo (Atlético); Nenê, aos 45 do segundo tempo (Fluminense)

Cartões: Patric, Geuvânio, Vinícius, Otero (Atlético); Nem, Nenê (Fluminense).

Cartão vermelho: Nenê (Fluminense)

ATLÉTICO-MG: Cleiton, Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Ramón Martínez, Elias, Vinícius, Juan Cazares (Geuvânio) e Yimmy Chará (Otero); Ricardo Oliveira (Alerrandro)

Técnico: Rodrigo Santana

FLUMINENSE: Muriel, Igor Julião, Nino, Digão e Caio Henrique; Allan, Daniel (Wellington Nem) e Paulo Henrique Ganso; Marcos Paulo (Nenê), Pedro (João Pedro) e Yony González

Técnico: Fernando Diniz

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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