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Coordenador médico da CBF rejeita punição para quebra de protocolo por atletas e treinadores

21 nov 2020 - 07h04
(atualizado às 07h16)
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As comemorações de São Paulo e América-MG, na última quarta-feira, após as respectivas classificações para as semifinais da Copa do Brasil, causaram polêmica. Enquanto Fernando Diniz, técnico do Tricolor Paulista, foi, sem máscara, cumprimentar torcedores do lado de fora do Morumbi, Lisca, treinador do Coelho, se aglomerou com a torcida ao sair do Independência.

Apesar das possíveis possibilidades de contato dos comandantes com a covid-19, nenhum dos dois deve receber qualquer tipo de punição. Segundo o Dr. Jorge Pagura, coordenador médico da CBF, os clubes são responsáveis pelas ações dos atletas, dirigentes e treinadores. A entidade, por sua vez, cuida da realização das partidas de uma forma segura.

"A CBF cuida do Campeonato e das suas regras. Os clubes tem que cuidar da proteção os próprios atletas, dirigentes e comissão técnica. Às vezes ele consegue segurar o atleta, às vezes não, e ele que tem que passar essa orientação para seguir um protocolo. No fundo, o prejuízo é do clube. O protocolo foi uma experiência totalmente nova, e a gente não tem isso estipulado como uma situação punitiva. Fazemos nossos bloqueios aonde nos compete. Nós notamos um aumento da curva no país e mandamos um alerta para os clubes. Nós não temos hoje, em termos de legislação esportiva, algo para fazer uma punição, porque a gente espera que cada um mantenha sua responsabilidade, É o time, a casa deles", disse Jorge Pagura ao programa Gazeta Esportiva, da TV Gazeta, na sexta-feira.

O coordenador médico da CBF também comentou sobre o caso de Matías Viña, lateral-esquerdo do Palmeiras que foi diagnosticado com covid-19 ao se apresentar na seleção uruguaia. Segundo a imprensa do Uruguai, o jogador teria trazido a doença do Brasil e contaminado alguns de seus companheiros. Jorge Pagura, no entanto, não acredita que o futebol brasileiro tenha qualquer participação na situação, e citou o teste positivo de Gabriel Menino, também do Alviverde, para justificar a opinião.

"Saiu do mesmo forno o Viña e o Gabriel Menino. Nós, felizmente, com toda a preparação da Granja Comary, para se ter ideia até acrílico tem para separar os jogadores nos refeitórios, não tivemos nenhum caso na Seleção Brasileira. Tivemos o Gabriel Menino, com um teste que chegou lá na segunda-feira, na quarta-feira testou positivo e foi liberado. Depois, nós testamos antes do jogo, no sábado, no domingo e no Uruguai. Felizmente, até o momento, nós não vimos nada. Então, pode ter sido uma coincidência",

"Hoje mesmo nós tivemos uma reunião com o Comitê Médico da Conmebol e vi uma foto de nove jogadores do Uruguai sentados, sem máscara e conversando. Tem que avaliar dentro do clube, a CBF cuida do campo, não entra ninguém sem inquérito epidemiológico e sem medir a temperatura. E todos aqueles que participam sem máscara do evento, que são jogadores, árbitros e técnicos, estão testados e negativados. O controle é extremamente rígido", completou.

Gabriel Menino foi convocado por Tite para representar a Seleção Brasileira nos duelos contra Venezuela e Uruguai, pelas Eliminatórias Sul-Americanas. O lateral-direito, no entanto, foi cortado após testar positivo para o vírus.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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