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CBF cria comissão por "fair play financeiro" sem Bom Senso

18 mai 2015 - 18h45
(atualizado às 19h34)
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Enquanto se mobiliza no Congresso para mudar o texto da MP do Futebol que estabelece regras transparentes para o futebol brasileiro, a CBF age internamente em busca de apoio de clubes, atletas e treinadores a fim de dar uma demonstração de que estaria disposta a moralizar o esporte nacional. Nesta segunda-feira, por exemplo, ela determinou a criação de uma comissão que atuará especificamente para normatizar o sistema de licenciamento dos clubes brasileiros.

Trata-se de uma exigência da Fifa, em vigor desde 2007. No entanto, por oito anos a CBF não teve interesse em adotar nenhuma medida que atendesse à entidade máxima do futebol. Como agora o contexto é outro, com a edição da MP em março assinada pela presidente Dilma Rousseff, a CBF passou a correr a procura de uma alternativa.

Marco Polo del Nero é o atual presidente da CBF
Marco Polo del Nero é o atual presidente da CBF
Foto: Ricardo Stuckert / CBF

O licenciamento dos clubes tem como base o "fair play financeiro". Se posto em prática, um clube não obterá licença para participar de competições organizadas pela CBF se estiver, por exemplo, com salários atrasados ou em dívida com a União.

A comissão criada nesta segunda vai reunir dez integrantes: com dois clubes (Flamengo e Fluminense), dois dirigentes da CBF, dois representantes do sindicato nacional dos clubes, dois atletas, e dois membros de entidades representativas dos atletas (excluindo-se aqui nomes do Bom Senso FC, que nem foram convidados para a reunião).

Nenhum mebro do Bom Senso foi chamado para comissão
Nenhum mebro do Bom Senso foi chamado para comissão
Foto: Alan Morici / Terra

O presidente do Vasco da Gama, Eurico Miranda, recebeu convite para o encontro, mas não compareceu. Ele tem tido desavenças públicas com os colegas de Flamengo e Fluminense. “É como se fosse um caderno de encargos. Estamos começando a redigir o documento, para lhe dar um formato jurídico”, disse ao Terra um dos presentes à reunião, que pediu que o nome não fosse publicado.

Repórter do Estadão comenta furo sobre escalações da CBF:
Fonte: Silvio Alves Barsetti
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