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Como foi a atuação de uma árbitra na Série A após 14 anos?

Edina Alves Batista comandou o jogo em Maceió, nesta segunda-feira, pelo Brasileirão

27 mai 2019 - 23h13
(atualizado em 28/5/2019 às 09h27)
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A caminhada foi longa, mas Edina Alves Batista, de 39 anos, entrou para a história do futebol brasileiro. Árbitra da vitória do CSA, por 1 a 0, sobre o Goiás, no estádio Rei Pelé, em Maceió, nesta noite pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro, ela encerrou um tabu de 14 anos sem uma mulher no apito em um jogo da primeira divisão nacional.

A árbitra Edina Batista (PR) atuou na partida entre CSA e Goiás, válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro 2019
A árbitra Edina Batista (PR) atuou na partida entre CSA e Goiás, válida pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro 2019
Foto: Pei Fon/Raw Image / Gazeta Press

A paulista Sílvia Regina de Oliveira que, nesta segunda-feira foi responsável por supervisionar o funcionamento do sistema de árbitro de vídeo (VAR), tinha sido a última a apitar em 2005, no jogo Fortaleza 1 x 2 Paysandu. Edina Alves deu quatro cartões amarelos e anulou um gol do CSA corretamente, com colaboração da assistente Neuza Back, que também vai ao Mundial feminino, que começa em junho, na França. Patrick Fabiano estava com um pé à frente na linha do impedimento. Ela não precisou recorrer ao auxílio do VAR.

"Sei que ainda existe o preconceito, mas estamos rompendo barreiras. Não quero ser tratada como a Edina mulher, mas como qualquer árbitro ou árbitra do quadro", disse a juíza, antes do jogo desta segunda-feira, em entrevista ao site da oficial da CBF.

A carreira de Edina Alves Batista, porém, não começou nesta noite de 27 de maio. Presente na arbitragem brasileira desde 2001, ela atuou como assistente até 2014, quando decidiu se tornar árbitra. Em 2019, ela recebeu o escudo da Fifa. Fã de Heber Roberto Lopes, a paranaense de Goioerê - cidade distante 530 km de Curitiba - trocou o Paraná por São Paulo para intensificar seu treino visando a Copa do Mundo de futebol feminino.

Edina representará o Brasil na França, ao lado das assistentes Neuza Back e Tatiane Camargo. A mudança fez a profissional trabalhar bastante em 2019. Ela comandou partidas da Copa São Paulo de Juniores, das Séries A2 e A3 do Paulista, da Série B do Brasileiro e também do Brasileirão Feminino da Série A1. A juíza, por sinal, apitou as duas últimas finais da categoria e também tem no currículo a decisão de 2014. No ano passado, Edina arbitrou partidas das Séries C e D do Brasileiro.

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