América-MG empata com Grêmio no fim, mas segue na lanterna
22 out2011 - 19h50
(atualizado às 22h30)
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O Grêmio virou para cima do América-MG neste sábado, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, mas tomou o empate por 2 a 2 nos minutos finais e perdeu boa chance de somar três pontos importantes no Campeonato Brasileiro da Série A. O time mineiro, mesmo com o resultado obtido nos últimos instantes da partida, segue na lanterna e com chances cada vez mais remotas de escapar do rebaixamento. O duelo foi válido pela 31ª rodada da competição.
Em partida emocionante realizada em solo mineiro na tarde deste sábado, os americanos foram para cima do Grêmio logo no início do duelo, e chegaram ao gol em pouco tempo. Aos 10min, em cobrança de falta, Thiago Carleto chutou, a bola passou pela barreira gaúcha e o goleiro Victor aceitou, deixando a equipe anfitriã na frente do placar.
Entretanto, o América-MG - que seguia melhor no duelo, mantendo a posse de bola no campo de ataque -, acabou prejudicado por falha do lateral-esquerdo Marcos Rocha, que chegou atrasado na bola, fez falta violenta em cima de Douglas - até então o melhor gremista no jogo -, levou o segundo amarelo e foi expulso de campo.
O time tricolor do Rio Grande do Sul respondeu vinte e quatro minutos depois, em jogada ofensiva perigosa com André Lima. O atacante foi acionado na área, ganhou dos zagueiros rivais e finalizou com força, sem chances para Neneca. O América-MG respondeu minutos depois com o zagueiro Anderson, que subiu mais do que todo mundo e cabeceou no travessão de Victor.
Na etapa complementar, os gremistas viraram o duelo logo aos 7min. Julio Cesar correu e chegou ao fundo de campo, fez o cruzamento, a zaga mineira não cortou e André Lima, inspirado, fez seu segundo tento no embate ao finalizar no canto direito do goleiro mineiro, virando o placar.
Contudo, o América-MG foi raçudo e, mesmo com um jogador a menos, foi para cima da equipe visitante e chegou ao gol de empate. Anderson, ex-Corinthians, recebeu belo cruzamento vindo da esquerda, acertou uma linda cabeçada no ângulo do camisa 1 gremista, aos 42min, e deu números finais ao confronto em Sete Lagoas.
O resultado manteve a equipe mineira na lanterna do Campeonato Brasileiro, agora com 25 pontos. O clube de Belo Horizonte precisará de uma boa sequência de vitórias para escapar do rebaixamento, já que está a sete pontos do Ceará, primeiro time fora da zona da degola, mas que tem um jogo a menos que os mineiros. O próximo compromisso é contra o Coritiba, no domingo, 30 de outubro, no Couto Pereira, às 18h (de Brasília).
O Grêmio, por sua vez, perdeu boa chance de encostar no grupo de cima da Série A que disputa vaga na Copa Libertadores. O time gaúcho chegou aos 43 pontos e, na nona colocação, tem sete pontos a menos que o Fluminense, quinto lugar e por enquanto última equipe que se classificaria ao torneio continental. Os gremistas encaram o Flamengo também no domingo, mas às 16h, no Estádio Olímpico.
Ficha técnica
AMÉRICA-MG 2 x 2 GRÊMIO
Gols
AMÉRICA-MG: Thiago Carleto, aos 10min do 1º tempo, e Anderson, aos 42min do 2º tempo GRÊMIO: André Lima, aos 34min do 1º tempo, e André Lima, aos 7min do 2º tempo
AMÉRICA-MG:Neneca; Anderson, Micão (Fabrício), Everton e Marcos Rocha; Glauber, Leandro Ferreira, Rodriguinho e Thiago Carleto; Kempes (Léo) e Alessandro (Fábio Júnior)
Treinador: Givanildo Oliveira
GRÊMIO: Victor; Mário Fernandes, Gilberto Silva, Rafael Marques e Júlio César; Fábio Rochemback, Fernando (Edcarlos), Marquinhos (Adilson) e Douglas (Diego Clementino); Escudero e André Lima
Rogério Ceni evitou falar com a imprensa na última segunda-feira, quando o time do São Paulo desembarcou abatido na capital paulista, após completar seis jogos sem vitórias no Brasileiro, perder o técnico e entrar em colocação que deixaria a equipe fora da Libertadores pelo segundo ano consecutivo. O clube do Morumbi, antes considerado exemplo no Brasil, se distancia cada vez mais dos tempos de glória. O Terra listou dez erros que explicam a crise do ano de 2011
Foto: Aloísio Maurício / Terra
Problemas eleitorais - Tradicionalmente uma agremiação com vida política pacífica, o São Paulo viu sua tranquilidade interna se desfazer na última eleição para a presidência. Juvenal Juvêncio usou uma mudança no estatuto para conseguir seu terceiro mandato consecutivo, algo que as regras do clube não permitiriam. O mandatário segue no poder, mas a disputa pelo cargo máximo do São Paulo segue na Justiça
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Centralização do poder - As decisões no São Paulo passam por Juvenal Juvêncio. De contratações a discussões sobre o Morumbi, o presidente é quem dá a palavra. A centralização criou queixas entre dirigentes bem relacionados, e o clube perdeu sua força política em relação a outras agremiações
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Mudança no modelo de contratações - O São Paulo ficou conhecido por pagar barato (ou até nada) para trazer bons jogadores e formar times competitivos. Deste modo, contratou Mineiro, Josué, Danilo e Fabão para a equipe que venceu a Copa Libertadores e o Mundial em 2005. Agora, porém, as contratações não parecem seguir este planejamento. O caso mais evidente é a vinda de Rivaldo, ocorrida durante o Paulista após conversa entre o veterano e Rogério Ceni
Foto: Luiz Pires/VIPCOMM / Divulgação
Desmantelamento da comissão técnica permanente - Quando um treinador fechava com o São Paulo, sabia que teria uma comissão já existente. Pouco a pouco, porém, o clube se desfez de profissionais que obtiveram sucesso. Chamado para trabalhar na Seleção, Carlinhos Neves foi dispensado pelo time, que alegou que o preparador físico não conseguiria conciliar as funções. O fisiologista Turíbio Leite e o analista de desempenho Wellington Valquer foram outros que deixaram o Morumbi
Foto: Sergio Barzagui / Gazeta Press
Excesso de jogadores machucados - O Reffis, centro de recuperação física do São Paulo, tornou-se na década passada referência internacional no tratamento de atletas. Na última temporada, porém, o clube não conseguiu manter seus próprios jogadores livres de problemas físicos. Luís Fabiano, Fernandinho, Bruno Uvini, Rhodolfo e Denílson lidaram com lesões durante o ano e suas ausências viraram problemas para o time
Foto: Luiz Pires/VIPCOMM / Divulgação
Promessas que pararam de jogar - Clube que investe pesado na base, o São Paulo enfim passou a aproveitar mais suas promessas no time titular. Lucas e Casemiro ganharam presença garantida na equipe principal, e o camisa 7 até recebeu espaço na Seleção Brasileira. Nas últimas semanas, porém, a dupla caiu de nível técnico, em especial Casemiro, criticado desde que recebeu um aumento salarial
Foto: Luiz Pires/VIPCOMM / Divulgação
Apostas arriscadas em técnicos - Desde a saída de Cuca, em 2004, o São Paulo buscou contratar treinadores em alta. A partir da queda de Ricardo Gomes, porém, a diretoria apostou na vinda do inexperiente Sergio Baresi, que pouco tempo durou. Veio na sequência Carpegiani, que tem como último título relevante o Campeonato Paraguaio com o Cerro Porteño, em 1994. A seguir foi a vez de Adilson Batista, com três trabalhos negativos consecutivos (Corinthians, Santos e Atlético-PR)
Foto: Luiz Pires/VIPCOMM / Divulgação
Briga pela Copa - A diretoria do São Paulo, comandada por Juvenal Juvêncio, dividiu seu tempo nos últimos anos entre o comando do futebol e a briga pela presença do Morumbi na Copa do Mundo de 2014. A tarefa desgastou o clube e complicou a relação com rivais (em especial o Corinthians) e a CBF
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Crença no "clube diferenciado" - Os quatro anos bem sucedidos entre 2005 e 2008 foram prova de que o modelo do São Paulo funcionava. O clube, porém, não evoluiu o sistema pelo qual o futebol era gerido, e o time viu rivais se saírem melhores em títulos e contratações. Ainda assim, a diretoria ainda fala no São Paulo como o "clube diferenciado"
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Enfraquecimento da defesa - Se entre 2006 e 2008 a defesa era a característica mais forte do São Paulo, o setor se enfraqueceu cada vez mais, atingindo seu ponto mais baixo na atual temporada. Miranda e Alex Silva deixaram a equipe, e o clube demorou a se reforçar com João Filipe. O que se viu foi o time precisar ser escalado até mesmo com o garoto Rodrigo Caio e Denílson, ambos volantes, na zaga