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Aguilar e Manoel superam desconfiança e se destacam em Santos e Corinthians

12 jun 2019 - 06h03
(atualizado às 06h03)
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Felipe Aguilar e Manoel, de Santos e Corinthians, iniciaram a temporada sob desconfiança do torcedor. Contratados em janeiro, os zagueiros tiveram de justificar em campo os altos valores envolvidos para tirá-los de Atlético Nacional-COL e Cruzeiro, respectivamente.

O Peixe pagou a multa rescisória de Felipe Aguilar, de R$ 15 milhões, depois de indicação de Jorge Sampaoli. O técnico argentino imaginou seu time com o colombiano desde a chegada à Vila Belmiro.

Aguilar oscilou no começo e foi um dos piores na derrota por 5 a 1 para o Ituano, pelo Campeonato Paulista, mas deu a volta por cima e caiu nas graças da torcida.

O defensor de 26 anos se destaca pela velocidade, posicionamento e frieza em campo. O estilo tranquilo do zagueiro de poucas faltas e raros cartões amarelos agrada comissão técnica e companheiros.

Pelo lado corintiano, Manoel se estabeleceu como titular primeiro pela vontade do técnico Fábio Carille, passando-o à frente dos concorrentes mesmo sem pré-temporada e com ritmo de jogo prejudicado pelos anos de reserva do Cruzeiro. Depois, porém, mostrou futebol digno da aposta do comandante, com direito a atuações firmes em momentos decisivos e até gols.

O próprio Peixe foi uma das suas vítimas, na semifinal do Campeonato Paulista, abrindo o placar para a vitória por 2 a 1 no duelo de ida. Hoje ele é o terceiro jogador que mais desarma na equipe, atrás dos já lendários corintianos Fagner e Ralf, além de ser o atleta com mais rebatidas em média de todo o Brasileiro (9,2 por partida).

Tudo isso se construiu, no entanto, em meio à desconfiança que rondou sua chegada. Com salário alto e viável apenas por causa da divisão dos dividendos com o Cruzeiro, viu uma polêmica surgir um pedido por auxilio-moradia na cidade de São Paulo, negado por ele pouco depois. A insistência de Carille acabou premiada em pouco tempo com o título de campeão paulista celebrado em abril.

Em boa fase no campo e com a torcida, Manoel já sabe, no entanto, que dificilmente seguirá no clube para a próxima temporada. Ele tem contrato de empréstimo até dezembro de 2019 e o alto salário causou um preço fixado pelos seus direitos acima do considerado possível pela diretoria. Até lá, porém, o camisa 4 tenta aproveitar o máximo da sua passagem pelo Alvinegro.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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