Brasileiro feminino ainda é ignorado por grandes clubes
O Campeonato Brasileiro Feminino passou a ter este ano duas divisões: A1 e A2. A primeira está com a competição em andamento e já se aproxima de sua décima rodada. Já a outra vai começar no início de maio. As duas juntas reúnem 32 clubes e o que mais chama à atenção é que desse total apenas nove fazem parte das duas principais divisões nacionais do futebol masculino.
Ou seja, o Brasileiro Feminino é ignorado pela maioria dos grandes clubes do País. Fogem à regra Corinthians, Flamengo, Grêmio, Santos, Sport, Vitória-BA e Ponte Preta – todos na A1. Na Segunda Divisão, dos dois gêneros, encontram-se Náutico e América-MG. E mais nada além disso.
Isso explica em parte o desinteresse do público pelo Brasileiro Feminino. O problema fica explícito quando se vê que nenhum dos grandes clubes cobra ingressos para os jogos em que tem mando de campo.
Só com o custo operacional desses jogos o prejuízo do Flamengo, por exemplo, supera os R$ 10 mil por partida.
Apesar desse problema, os demais clubes de ponta vão ter de montar equipes femininas em condições de participar de competições nacionais. A CBF já determinou que a partir de 2019 só poderá integrar a Libertadores, masculina, aquele clube que tiver um time feminino disputando um torneio organizado pela entidade. A decisão foi tomada para atender exigência da Fifa.
Quem mais divulga o Brasileiro Feminino é a própria CBF, em seu site oficial. A competição teve sua primeira edição em 2013 e o modelo com duas divisões adotado agora é inédito. À equipe campeã (da A-1), é assegurada uma vaga na Libertadores de 2018.