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Copa da Rússia

Brasil se vinga de único algoz e tira Chile da Copa de novo

10 out 2017 - 22h29
(atualizado às 22h53)
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Foto: Mauro Horita/MoWa Press

Pela segunda vez seguida, a Seleção Brasileira tirou as esperanças chilenas de fazer uma boa Copa do Mundo. Se em 2014 o Brasil eliminou o Chile nos pênaltis nas oitavas do Mundial, em um Mineirão lotado, desta vez, no Allianz Parque lotado, o time verde e amarelo nem sequer deixou o adversário chegar à Rússia: vitória por 3 a 0, resultado que deixa o oponente na sexta colocação, fora até da repescagem.

Foto: Mauro Horita/MoWa Press

Atual bicampeão da América, o Chile permaneceu com 26 pontos, igualado ao Peru (que disputará a repescagem), mas levou a pior no saldo de gols e acabou na frustrante sexta colocação. O líder Brasil alcançou os 41 pontos, bem distante do segundo colocado Uruguai, com 31. Argentina (28) e Colômbia (27) também se classificaram para a Copa da Rússia.

No primeiro turno das Eliminatórias, o Chile impôs ao Brasil a sua primeira derrota em estreias na competição e único revés na atual campanha: 2 a 0 em Santiago. Findada as Eliminatórias, a Seleção Brasileira fará os seus últimos ajustes para o Mundial em uma série de amistosos. Os primeiros serão contra o Japão e a Inglaterra, em novembro. Existe a expectativa de o time de Tite ser testado também contra a anfitriã Rússia em março de 2018, mês em que haverá um reencontro com a algoz Alemanha, em Berlim.

Foto: Reuters

O jogo - A Seleção Brasileira até tentou se mostrar envolvente no início da partida contra o Chile. O público presente no Palestra Itália só começou a vibrar mesmo, contudo, com algo que viu no telão, e não no gramado - o anúncio do primeiro gol do Equador sobre a Argentina.

Enquanto os argentinos viravam o jogo em Quito, o Brasil começava a criar as suas primeiras chances de gol em São Paulo. Aos 16 minutos, por exemplo, o time da casa tirou proveito de um erro na saída de bola do Chile, e Gabriel Jesus acionou Neymar. O astro do Paris Saint-Germain parou no goleiro Claudio Bravo.

Foto: Reuters

Mesmo com a sua marcação adiantada, o Brasil enfrentava dificuldades para ser mais efetivo diante da torcida paulista, sem a exigência de outros tempos. O time de Tite, que ficava em pé e andava de um lado a outro à beira do campo, pecava nas triangulações no terço final do gramado e nas conclusões.

Do outro lado, o Chile tinha a preocupação de não se expor demasiadamente, até porque, àquela altura, classificava-se com um empate. Além disso, valorizava bastante o tempo quando a bola não estava em jogo, irritando Neymar e os seus amigos com uma e outra faltas mais duras.

Foto: Reuters

No final do primeiro tempo, após Gabriel Jesus se lamentar por cabecear a bola em cima de Bravo, Philippe Coutinho e Neymar foram punidos com o cartão amarelo - um vermelho representaria suspensão na primeira rodada da Copa do Mundo, o que seria motivo para apreensão da comissão técnica.

De acordo com o auxiliar Cléber Xavier, porém, Neymar "tem maturidade suficiente para jogar pendurado", não precisando ser substituído por Tite. Quem mexeu no intervalo foi o técnico Juan Antonio Pizzi, trocando Aránguiz, que era dúvida às vésperas da partida, por Pulgar.

Foto: Alê Vianna/Agência Eleven / Gazeta Press

Pizzi e os chilenos se intranquilizariam mais do que Neymar no início do segundo tempo. Aos nove minutos, Daniel Alves cobrou falta de longa distância, com efeito, e Bravo deu rebote. Paulinho mostrou o oportunismo de sempre para avançar e completar para a rede.

O Brasil se soltou a partir do gol. E precisou de apenas mais dois minutos para anotar outro. Philippe Coutinho acertou ótimo lançamento para Neymar, que dominou com ainda mais categoria na ponta esquerda. Dentro da área, rolou para Gabriel Jesus só ter o trabalho de empurrar para dentro.

Foto: Pedro Martins/MoWa Press

Em desvantagem no placar, os chilenos passaram a distribuir pontapés e a trocar insultos com os brasileiros, o que aumentava o receio em relação ao risco de Neymar levar outro cartão amarelo. Pizzi, sabendo que vencer essa briga não seria suficiente, substituiu Fuenzalida por Puch.

Os torcedores resolveram colaborar, na tentativa de enervar ainda mais os visitantes. "Adeus, Chile! Adeus, Chile!", despediram-se inicialmente, em coro. Depois, gritaram "olé" para a troca de passes da Seleção Brasileira e provocaram o ex-palmeirense Valdívia, que pouco produzia.

Foto: Alê Vianna/Agência Eleven / Gazeta Press

Com os ânimos mais calmos e com o Brasil diminuindo o ritmo, Tite esperou os minutos finais do jogo para entrar em ação. Sacou Renato Augusto, mais uma vez apagado, para a entrada de Fernandinho. Os últimos a sair, enfim, foram os pendurados Neymar e Coutinho, bastante aplaudidos quando cederam espaço a Willian e Roberto Firmino.

Nos minutos finais, após Firmino desperdiçar grande oportunidade diante de Bravo, o Chile se desesperou. O goleiro visitante foi ao ataque na esperança de colaborar com um gol que levaria a sua seleção à Copa do Mundo. No contragolpe, entretanto, Gabriel Jesus foi lançado por Willian e aproveitou a meta vazia para entrar com bola e tudo. "Eliminado! Eliminado! Eliminado!", berrou o público.

Foto: Eduardo Carmin/PhotoPremium / Gazeta Press

FICHA TÉCNICA

BRASIL 3 X 0 CHILE

Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo (SP)

Data: 10 de outubro de 2017, terça-feira

Horário: 20h30 (de Brasília)

Árbitro: Roddy Zambrano (Equador)

Assistentes: Christian Lescano e Byron Romero (ambos do Equador)

Cartões amarelos: Philippe Coutinho e Neymar (Brasil); Alexis Sánchez e Isla (Chile)

Gols: BRASIL: Paulinho, aos 9, e Gabriel Jesus, aos 11 e aos 47 minutos do primeiro tempo

BRASIL: Ederson; Daniel Alves, Miranda, Marquinhos e Alex Sandro; Casemiro, Paulinho, Philippe Coutinho (Roberto Firmino), Renato Augusto (Fernandinho) e Neymar (Willian); Gabriel Jesus

Técnico: Tite

CHILE: Bravo; Isla, Medel, Jara e Beausejour; Aránguiz (Pulgar), Fuenzalida (Puch), Pablo Hernández e Valdivia; Alexis Sánchez e Vargas

Técnico: Juan Antonio Pizzi

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