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Brasil encara seu maior carrasco recente em Copa América

Paraguai foi o responsável por causar eliminações em 2011 e 2015, também nas quartas de final

27 jun 2019 - 04h41
(atualizado às 08h12)
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Paraguaio Roque Santa Cruz tenta passar pela marcação brasileira em jogo de 2015
Paraguaio Roque Santa Cruz tenta passar pela marcação brasileira em jogo de 2015
Foto: Andres Stapff / Reuters
Se na Copa do Mundo o Brasil tem a França e a Alemanha como alguns dos principais algozes, quem faz o papel de carrasco na Copa América é o Paraguai, o adversário desta quinta-feira em Porto Alegre. O país vizinho não perdeu os quatro últimos encontros com a seleção brasileira pela competição e foi o responsável pelas eliminações nas edições de 2011 e 2015, exatamente nas quartas de final.

A oportunidade de revanche mexe com boa parte dos jogadores do elenco atual. Dos 23 convocados por Tite, oito estiveram na Copa América do Chile, em 2015, na queda diante dos paraguaios nos pênaltis.

O zagueiro Thiago Silva, na ocasião, cometeu um pênalti no jogo por toque de mão na área. A falha permitiu ao Paraguai empatar por 1 a 1 no tempo normal. O defensor e o lateral Daniel Alves estiveram ainda na eliminação de 2011, na Argentina, para o mesmo rival sul-americano.

Nesses dois compromissos a seleção foi superada nos pênaltis. No entanto, o Brasil vive momento melhor do que o do rival. Enquanto o time de Tite vem de vitória por 5 a 0 sobre o Peru, os paraguaios avançaram com somente dois empates e uma derrota, a pior campanha entre os oito finalistas. "A gente não deixa se empolgar. Nós soubemos absorver o último resultado. Temos de saber o perigo que a gente corre", comentou Tite.

O Paraguai tem sido um grande incômodo em Copas América há 15 anos. Em 2004, a seleção brasileira perdeu por 2 a 1 pela fase de grupos, para depois se recuperar e terminar como campeã. Depois foram mais dois encontros em 2011, um pela primeira fase e outro nas quartas de final, e mais a última partida, em 2015. A última vitória brasileira sobre os vizinhos paraguaios pelo torneio foi em 2001, na edição da Colômbia, por 3 a 1.

Tite encarou e venceu por 3 a 0 o Paraguai pelas Eliminatórias da Copa, em março de 2017, um ano antes da Copa, mas o adversário mudou bastante.

O técnico na época era o lateral Arce e agora é o argentino Eduardo Berizzo, o responsável por dar espaço a outros jogadores. Uma das apostas dele é um antigo algoz de Tite. O atacante Santander estava no Guaraní em 2015 quando marcou e ajudou a eliminar o Corinthians da Libertadores . O jogador está agora no Bologna, da Itália, e só foi titular na Copa América na estreia, contra o Catar.

Berizzo não escondeu o plano de jogar no contra-ataque para, mais uma vez, surpreender o Brasil. O Paraguai até agora não venceu na Copa América, mas se apega ao exemplo da edição de 2011 da competição, quando chegou à final graças a empates e vitórias nos pênaltis. Na ocasião, a equipe não ganhou uma partida sequer na disputa.

"Vamos ter uma equipe que defende com precisão e qualidade, além de poder armar contra-ataques rápidos. Contra o Brasil, vamos provar nossa qualidade. Temos de parar o ataque deles, apesar de sermos uma equipe em construção", disse o treinador paraguaio.

Estadão
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