PUBLICIDADE

Arce chama Tite de "nervosinho" e considera arbitragem vergonhosa

29 mar 2017 - 00h41
(atualizado às 10h49)
Compartilhar
Exibir comentários

Apesar de reconhecer a superioridade da Seleção Brasileira na vitória por 3 a 0 sobre o seu Paraguai, nesta terça-feira, em Itaquera, o técnico Francisco Arce não deixou de fazer as suas contestações após a partida. Criticou um pouco o elogiado Tite, comandante adversário, e bastante o árbitro peruano Víctor Carrillo.

"O Tite é meio nervosinho. Ele apelou comigo sem razão. Tipo, reclamando para eu mandar não bater por trás depois de uma falta normal no Neymar. Em momento algum, houve essa sugestão. Não é nosso intuito", defendeu Arce, recorrendo ao português aprendido nos tempos de lateral direito de Grêmio e Palmeiras.

Apesar do desentendimento com Tite, o treinador paraguaio não deixou de elogiar o trabalho do seu colega, que venceu os seus oito jogos disputados nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo e conduziu o Brasil à liderança disparada do torneio.

"Não sou ninguém para aconselhar nada ao Tite. Sou mais novo ainda do que ele. Só posso dizer que o trabalho dele é excepcional", reconheceu Arce, de 45 anos - Tite tem 55. "Quanto ao jogo, à organização e à confiabilidade, essa Seleção Brasileira está voltando a ser a melhor ou uma das melhores do mundo", acrescentou.

Em relação a Carrillo, Arce não tinha nenhuma ponderação positiva a fazer. O Paraguai se enervou principalmente com um pênalti que o árbitro peruano marcou sobre o atacante Neymar (que desperdiçou a cobrança) e com a demora para anular um gol irregular do astro brasileiro.

"O que o Carrillo fez foi uma vergonha. Por toda a sua capacidade, o Brasil não precisa disso", chiou Arce, em espanhol. Falando em português, ele repetiu a sua queixa: "A arbitragem foi péssima".

Seja como for, o Brasil foi muito superior ao Paraguai e fez por merecer o placar elástico. "No primeiro tempo, conseguimos jogar o jogo que nos propusemos. No segundo, eles foram melhores. É preciso admitir. Têm os melhores jogadores do mundo e marcaram tanta diferença por isso. Ainda mais com a ajuda do árbitro em algumas situações", concluiu Arce, protestando pela última vez.

Resposta

Tite evitou polemizar com Arce ao saber da declaração do colega. "Não disse que ele mandou bater. Só fui porta-voz em um chute por trás que o Neymar recebeu, que merecia expulsão. Não reclamei de nenhum outro lance. Cobrei do Arce lealdade", explicou, antes de minimizar ainda mais. "O Paraguai não foi desleal. Foi só naquele lance. E não foi uma crítica ao Arce."

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade