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Após "interminável" disputa de pênaltis, Newell's tira Boca da Libertadores

29 mai 2013 - 22h10
(atualizado às 22h16)
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Depois de dois empates sem gols, um nesta quarta-feira e outro na quinta-feira passada, Newell's Old Boys e Boca Juniors levaram a disputa por uma vaga nas semifinais da Taça Libertadores no estádio Marcelo Bielsa, em Rosário, e a equipe da casa levou a melhor, vencendo por 10 a 9.

Finalista do torneio continental duas vezes, mas em busca de um título inédito, o Newell's jogou com um a mais durante quase todo o segundo tempo, devido a expulsão do lateral Clemente Rodríguez, mas teve que arrancar uma classificação dramática nas penalidades.

Foram 24 cobranças no total e três erros para cada lado até que Martínez, ex-Corinthians, errou aquela que já era sua segunda cobrança. Maxí Rodríguez converteu sua tentativa na sequência e colocou os anfitriões entre os quatro melhores da América.

Nas semifinais, o chaveamento prevê para o representante argentino um duelo com Atlético-MG e Tijuana. Contudo, se o Galo avançar e o Fluminense passar hoje pelo o Olimpia, o time de Rosário terá pela frente o Independiente Santa Fé, da Colômbia.

Tentando fazer valer o mando de campo, o Newell's partiu para cima e teve duas boas chances para abrir o placar em dez minutos de jogo. Logo aos quatro, Vergini aproveitou cobrança de escanteio e cabeceou por cima; aos dez, Maxi Rodríguez invadiu a área com certa liberdade pela esquerda, mas demorou a definir e foi atrapalhado por Marín.

Pressionado em um primeiro momento, o Boca reagiu e aos poucos foi se encontrando em campo. O jogo da equipe, como costuma acontecer, dependia da inspiração de Riquelme. Aos 28, o camisa 10 passou pela marcação, tabelou com Blandi e chutou para fora.

Riquelme voltou a aparecer aos 37, quando cruzou para a pequena área. Blandi se preparava para finalizar, mas Heinze se antecipou e afastou o perigo. O Vélez respondeu um minuto depois, em tentativa de longe de Vergini, que tirou tinta do travessão.

O time visitante começou a segunda etapa melhor e mandou uma bola na trave aos dez minutos. Riquelme levantou mais uma e, mesmo desequilibrado, Blandi cabeceou no poste.

Um minuto depois, porém, a situação do Boca ficou mais difícil. Clemente Rodríguez, que recebera cartão amarelo instantes antes, parou contra-ataque com falta e foi expulso.

Mesmo jogando em 11 contra 10, a equipe de Carlos Bianchi soube se manter fechada, sem dar muito espaço para o Newell's atacar. Com dificuldades para se aproximar da área adversária, os donos da casa apostavam nos chutes de longe, mas não tinham sucesso. Aos 28, Mateo arriscou de fora e mandou por cima, perto do travessão.

Em um dos poucos momentos em que o Boca deu espaço na defesa, Maxi Rodríguez acelerou pelo meio, Cáceres passou por trás da marcação e bateu rasteiro para defesa de Orión com os pés.

Nas penalidades, Riquelme já começou errando para o Boca. O Newell's chegou a ter dois "match points", mas Orión salvou os visitantes em ambas. Como todos os jogadores chutaram pelo menos uma vez, foi necessário repetir batedores. O camisa 10 'xeneize' até se redimiu, mas Martínez, que havia balançado a rede em sua primeira batida, acabou se tornando vilão.

Ficha técnica:.

Newell's Old Boys: Guzmán; Cáceres, Vergini, Heinze e Casco; Pérez (Orzán), Mateo (Tonso), Bernardi e Maxí Rodríguez; Figueroa (Urruti) e Scocco. Técnico: Gerardo Martino.

Boca Juniors: Orión; Marín, Caruzzo, Pérez e Clemente Rodríguez; Erbes, Somoza, Erviti (Martínez), Sánchez Miño (Ribair Rodríguez) e Riquelme; Blandi (Zárate). Técnico: Carlos Bianchi.

Árbitro: Germán Delfino (Argentina), auxiliado por seus compatriotas Ivan Nuñes e Ernesto Uziga.

Cartões amarelos: Scocco (Newell's); Clemente Rodríguez, Caruzzo e Riquelme (Boca).

Cartão vermelho: Clemente Rodríguez (Boca).

Estádio: Marcelo Bielsa, em Rosário.

EFE   
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