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Após duas frustrações, Miranda disputa primeira Copa; veja carreira

9 jun 2018 - 08h02
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Depois de duas frustrações, Miranda, enfim, disputará sua primeira Copa do Mundo. Nas Eliminatórias da América do Sul para o Mundial de 2010, na África do Sul, o zagueiro fez parte das convocações de Dunga, e, inclusive, foi titular em algumas partidas. Porém, não foi lembrado para a lista final que disputaria o principal torneio de seleções daquele ano. Em 2014, no auge de sua carreira após conquistar o Campeonato Espanhol e chegar à finalíssima da Liga dos Campeões, o paranaense, mais uma vez, não foi lembrado por Luiz Felipe Scolari para disputar a Copa, realizada no Brasil.

Peça fundamental da equipe de Tite, já que é o zagueiro com mais atuações desde que o treinador assumiu a Seleção Brasileira, Miranda não poderia ficar de fora dos convocados para a Copa do Mundo. Aos 33 anos, o experiente jogador da Internazionale participou de todo ciclo pré-Mundial da Rússia. Titular indiscutível com Dunga, não perdeu o posto com o atual treinador e segue como um dos favoritos para formar, com Marquinhos, a dupla de zaga titular do Brasil.

Nascido em Paranavaí, no Paraná, Miranda foi formado nas categorias de base do Coritiba, onde se destacou na Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2004. A qualidade e a liderança do jovem defensor fizeram com que Antônio Lopes, treinador do elenco principal na época, o depositasse a confiança para ser titular do Coxa na disputa da Libertadores daquela temporada. Depois de se destacar com o título do Campeonato Paranaense em 2004 e em boas atuações nas 88 aparições pelo time, Miranda foi vendido ao Sochaux, da França, em julho de 2005.

O jogador não se adaptou ao futebol francês, e um ano depois já voltou ao Brasil. Após quase fechar com o Internacional, Miranda veio para o São Paulo, onde logo assumiu a vaga de titular na zaga de Muricy Ramalho, e fez parte de uma dinastia do Tricolor Paulista dentro do Campeonato Brasileiro, onde conquistou o tricampeonato consecutivo (de 2006 a 2008), feito jamais batido até hoje. Suas atuações no clube paulista o credenciaram a ser convocado para a Seleção Brasileira pela primeira vez em agosto de 2007, mas não chegou a atuar. A estreia com a camisa verde amarela aconteceu em 2009, quando iniciou a partida diante do Peru pelas Eliminatórias da Copa.

Depois de seis anos vitoriosos com a camisa tricolor, Miranda se transferiu para o Atlético de Madrid. Na Espanha, demorou para se firmar na equipe de Diego Simeone, mas quando se tornou titular, formou, junto de Diego Godín, uma das principais duplas de zaga da história do clube, conquistando, dentre os principais títulos, o Campeonato Espanhol de 2013-14 e a Copa do Rei de 2012-13, além de chegar a uma final de Liga dos Campeões. Em junho de 2015, Miranda decidiu mudar de ares e, após levantar cinco canecos no Atleti, rumou para a Inter de Milão, onde está hoje. Porém, tem sofrido com o mau momento da equipe dentro do futebol italiano e ainda não foi protagonista nas competições em que disputou, tendo uma classificação para a Champions da próxima temporada como principal feito.

Desde 2007, ano de sua primeira convocação, o zagueiro disputou 46 partidas com a Seleção Brasileira e marcou dois gols. Só neste ciclo pré-Mundial, foram 38 jogos, sendo 37 como titular. Esses números o colocam como o zagueiro que mais começou entre os onze inicias desde a última Copa do Mundo, além de o creditar como o um dos favoritos para formar a dupla de zaga titular do Brasil no principal torneio de futebol do planeta.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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