Andrés Sanchez diz que é incompetente por não fechar naming rights da Arena Corinthians
Estádio foi inaugurado em 2014 e, desde então, clube negocia com empresas para tentar dar nome ao local
Em uma entrevista coletiva que durou pouco mais de uma hora, o presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, o diretor de marketing, Luís Paulo Rosenberg, o diretor financeiro, Matias Antonio Romano, e o gerente financeiro, Roberto Gavioli, falaram sobre o momento vivido pelo clube e tentaram minimizar a pressão da torcida. Andrés comentou sobre a falta de naming Rights da Arena Corinthians.
O dirigente admitiu que não tinha mais desculpas para justificar a demora em dar um nome de uma empresa para a casa corintiana. "É incompetência nossa, Eu posso dar mil desculpas, que vocês vão manchetar e falar que foi incompetência. Estamos trabalhando arduamente e é uma questão de tempo. Tem a cultura brasileira, o momento em que fizemos a arena, uma série de coisas, mas é incompetência nossa", resumiu o dirigente, durante a longa entrevista concedida no CT Joaquim Grava.
Ao ouvir a declaração do presidente, Rosenberg pediu a palavra, já que é o responsável pelos negócios da Arena. "Você me chamou de incompetente, quero falar", disse, em um tom de brincadeira. Andrés respondeu: "Não, eu sou o incompetente".
Rosenberg, então, disse que a falta de credibilidade do futebol também é algo que dificulta a negociação. "Houve também uma deterioração do futebol, com alguns dirigentes sendo presos e tudo aquilo que estamos vendo. A Copa do Mundo também suga recursos das empresas e vender o nome de um estádio não é uma missão tão fácil", pondera o diretor.
"Quando você vende uma camisa, você está vendendo um 'outdoor' da Globo, que tem um contrato de um ano. Se nesse ano, eu cometo algum deslize, é ruim para a imagem da empresa, mas é tolerável. Um naming Rights é algo de 20 anos, é muito mais sério."
O fato da arena também ser algo novo para o Brasil também é, segundo Rosenberg, algo que demanda maior paciência durante as negociações. "É um processo demorado. Não é como vender um Opala 68, que o cara sabe o que está comprando. É um produto artesanal. Se você vai negociar com uma companhia aérea, por exemplo, não é colocar só o nome do estádio, é oferecer algo extra. É, por exemplo, colocar aviões em miniatura em cima das câmeras que são instaladas no estádio, é transformar os portões do estádio em aeronave, essas coisas. Aí você tem um prazo de sedução. Quer um prazo para fechar o naming Rights? Não há prazo. Negociação 99% fechada para mim é igual 0%", completou o diretor de marketing.
?Próximos jogos do Corinthians
Domingo, às 11h: Vasco - Mané Garrincha (Brasileiro)
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29/08, às 21h45: Colo-Colo - Arena Corinthians (Libertadores)
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