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Irã entra em polêmica sobre chuteiras antes da estreia na Copa

Alguns jogadores terão que comprar equipamentos ou pedir ajudar para outras seleções

14 jun 2018 - 11h52
(atualizado às 18h37)
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O Irã vai estrear nesta sexta-feira na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, com uma polêmica sobre o calçado de seus atletas. Algumas agências internacionais de notícias publicaram que a Nike que não vai fornecer suas chuteiras aos jogadores do time, por causa das sanções comerciais impostas pelos Estados Unidos ao país.

?A medida da empresa norte-americana causou confusão, já que na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, as sanções comerciais do governo dos Estados Unidos não impediram que as chuteiras da Nike chegassem aos atletas. "As sanções significam que, como uma empresa norte-americana, a Nike não pode fornecer chuteiras aos jogadores da seleção iraniana neste momento", afirmou a empresa em um comunicado oficial.

"Os jogadores estão acostumados com os seus equipamentos. Não é certo mudar isso em uma semana antes de partidas tão importantes", criticou o técnico do Irã, o português Carlos Queiroz, para a emissora "ESPN". Ainda de acordo com o treinador, para não ficarem sem as chuteiras, os jogadores vão contar com a ajuda de outros atletas ou comprar eles mesmos os equipamentos.

Segundo Felix Ximenes, diretor de comunicação da Nike do Brasil, esse problema ocorre desde 2015, pois existe um impedimento para fornecer material para o Irã. "Assim como outras empresas norte-americanas, como a IBM, Apple... Se fornecêssemos, constituiria uma violação à lei de embargo", explicou, lembrando que o problema só ocorre para os atletas que atuam no Irã.

O caso da Nike deixa transparente a tensa relação entre Estados Unidos e Irã. No mês de maio, Trump concretizou uma promessa de campanha e anunciou a saída do país do acordo nuclear com os iranianos. A seleção iraniana está no grupo B, ao lado de Portugal, Espanha e Marrocos. Considerado o grande azarão da chave, o Irã estreará no Mundial diante dos marroquinos, amanhã (15), em São Petersburgo.
Estadão
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