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Afastado, Leão não planeja volta como treinador: "Não sinto vontade"

22 abr 2018 - 22h42
(atualizado às 22h42)
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Emerson Leão garantiu que não tem vontade de voltar a atuar como treinador. O ex-técnico, no entanto, deixou em aberto a possibilidade de ainda trabalhar no meio do futebol em outra função, como, por exemplo dirigente, com foco em ajudar os profissionais da nova geração, carentes de garantias maiores e estabilidade em seus respectivos clubes.

"Acho que estão faltando com respeito com a classe de treinadores de uma forma muito acentuada. Quando éramos jogadores, tínhamos um respeito até pelo erro do nosso treinador. Hoje fala o diretor, o presidente, o empresário, o pastor, mas ninguém consulta o treinador. Hoje, o treinador está caminhando para ser um coadjuvante, para ser um espectador. Não sinto vontade de voltar como treinador, mas às vezes me vejo com saudades do futebol", afirmou Emerson Leão, convidado do programa Mesa Redonda, da TV Gazeta.

"Como treinador poderia até acontecer, mas tudo o que falei, o diálogo dentro do campo, nós aprendemos. Por isso que estamos aqui falando para o grande público, em um programa com uma grande audiência. O que quero dizer é que chega uma hora que você tem que passar para o outro lado para ajudar aqueles que são o que um dia você foi. Eu acho que o treinador está muito isolado, está precisando de uma garantia", prosseguiu o ex-treinador, ressaltando a experiência adquirida ao longo dos anos.

Apesar de estar fora do mercado há muitos anos - atuou como treinador pela última vez em 2012, no São Caetano -, Emerson Leão revelou que ainda recebe alguns convites para voltar à beira do gramado. No entanto, ele prefere permanecer longe dos holofotes, disfrutando do carinho recebido por quem não esquece de seus grandes trabalhos à frente de Santos e São Paulo, entre outros clubes.

"Essa semana recebi outro telefonema. O cara enrolou, enrolou, enrolou para me convidar para ser treinador. O convite veio de fora do país para eu trabalhar no país. Eu agradeço às pessoas que têm me convidado, às pessoas que me encontram na rua. As pessoas sempre falam 'Pô, Leão, estou com saudades de você'. Tenho muito convite para retornar ao futebol, como treinador também. Poderia até retornar ao futebol, mas acho que eu parei cedo. Eu resolvi parar, porque comecei a ficar triste no futebol com as injustiças que via não só comigo, mas com outros treinadores também", concluiu.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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