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Presidente do Flu exalta dívidas pagas e defende voto online

Mário Bittencourt falou sobre diversos temas do time durante 1h40min, tempo em que também revelou desejo de reformar estádio das Laranjeiras

17 set 2021 - 14h24
(atualizado às 15h03)
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Na parte do extracampo da longa entrevista coletiva que concedeu nesta sexta-feira, no CT Carlos Castilho, o presidente Mário Bittencourt falou sobre alguns temas de interesse da torcida do Fluminense, entre os quais o pagamento de dívidas, o desejo de reforma do estádio das Laranjeiras e o voto online, que foi uma das promessas de campanha e ainda não está confirmado para as eleições do ano que vem. O dirigente afirmou que o Flu busca soluções para isso, mas exaltou o processo eleitoral do clube, citando o rival Vasco ao falar sobre desorganização.

Presidente do Fluminense concedeu entrevista no CT Carlos Castilho (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)
Presidente do Fluminense concedeu entrevista no CT Carlos Castilho (Foto: Lucas Merçon/Fluminense FC)
Foto: Lance!

"Estava no nosso plano de gestão que desejávamos implementar o voto online. Queremos que o torcedor esteja participando mais das decisões do clube. Nós precisamos de uma interpretação do estatuto. Eu gostaria que ficasse registrado, o Fluminense é o clube mais democrático do Rio de Janeiro. Para que não se confundam as coisas, as pessoas deturpam propositalmente o que a gente fala, o Sócio-Torcedor do Fluminense é o único do Rio de Janeiro que tem o direito de votar. Eu perdi uma eleição em 2016 com o voto do Sócio-Torcedor e venci em 2019 com o voto do Sócio-Torcedor", disse Bittencourt.

"Desde 2010, a eleição do Fluminense é fiscalizada e gerida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro e com urnas eletrônicas do TRE que fiscaliza e participa das eleições. Até 2016 não havia urna eletrônica. Eu estou fazendo essa fala aqui porque a única coisa que a gente não pode para 2022 é transformar as eleições do Fluminense como as dos outros clubes. E eu falo especificamente como a do Vasco. O Fluminense está de pé porque nós, em 2016, mesmo perdendo, fizemos a boa política. Em nenhum momento fomos detratores, não criamos fake news para atacar a instituição", completou o presidente tricolor.

A preocupação sobre o tema se dá por conta de um inciso do estatuto que veda o voto por procuração, ou seja, que um terceiro vote pelo associado. Assim, Mário revelou o temor por uma judicialização das eleições do clube por conta dos votos não presenciais.

"O Fluminense é maior do que todos nós, do que nossas vaidades e correntes políticas. O que não pode acontecer é as pessoas inventarem uma bandeira que é nossa, que estamos trabalhando para organizar. Nós criamos uma comissão interna para que a gente possa entregar a analise para que não gere judicialização. O Fluminense é muito grande para que nós fiquemos discutindo essas pequenezas que só prejudicam a instituição. Lisura acima de tudo, é isso que precisamos para 2022", completou Mário.

Confira outros assuntos comentados pelo presidente na entrevista coletiva:

Finanças 

"As dificuldades continuam imensas, mas estamos fazendo um resgate de pagamentos das dividas como vocês estão sabendo. Somente de dívidas Fifa, que são dívidas a curto prazo, temos pra lá de 40 milhões de reais, já pagamos um bom pedaço, as compras de jogadores feitas na nossa gestão estão totalmente pagas. temos uma outra dívida com o goleiro de amores e quitamos, cerca de 500, 600 mil dólares e estamos pagando uma dívida com o Independiente Del Valle e faltam quase uns 3 milhões de dólares a pagar pelo Sornoza e Orejuela. Estamos pagando para ver o nosso clube não perder pontos nas competições. Essa é uma dívida recente que acabou de bater na nossa porta. Toda a premiação que recebemos na Libertadores foi bloqueada por dívidas com jogadores que jogaram nos últimos anos, mas mesmo assim, estamos sobrevivendo."

"O ato trabalhista nós cumprimos integralmente e agora existe uma discussão técnica com SAF aguardando uma decisão com o tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Estamos estudando há dois meses para decidir o caminho que temos que tomar com relação ao ato. A gente vem negociando uma negociação tributária e até o final do ano vamos conseguir nossas CDNs para que com esses projetos, que não servem só para os esportes olímpicos, mas com as CNDs, vamos mitigar esse risco sim e até 2022 vamos, no mínimo, equacionar e quitar essa conta. Todas as escolinhas que geram receita para o clube, não houve receita. Mas as finanças ainda são nosso calcanhar de Aquiles."

Laranjeiras

"Contratamos uma empresa que fez um laudo que o estádio está de pé e (o estádio) não precisa ser derrubado. Nosso projeto é brigar para manter o Maracanã e ter Laranjeiras para cinco ou seis jogos. Há 15 dias, foi publicada a primeira verba do projeto executivo. Com o laudo que o estádio fica de pé, precisamos de um projeto para a reforma do estádio. Através de leis de incentivo a cultura, vamos receber uma verba para poder contratar o projeto executivo. Esse projeto que vai dizer quanto que vai custar a reforma do estádio para colocar ele em condições de jogo."

"A gente não vai conseguir (aprovar o projeto) para janeiro de 2022. Acho que só para 2023, porque estávamos esperando a aprovação desse projeto, há toda uma burocracia, juntar documentação, plantas do clube, receber o laudo. Em breve, acredito que em um ou dois meses, iniciaremos o projeto executivo. Aí sim vamos apresentar a maquete, onde vão ser as reformas. Vamos fazer uma licitação para iniciar o projeto executivo das Laranjeiras e restauração. O estádio e a sede são tombados como patrimônio histórico, seremos fiscalizados pelos órgãos como Iphan e Inepac para revitalizar nossa casa."

Lance!
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