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Velho conhecido de Arrascaeta indica fator que pode ser essencial para o uruguaio decidir a Libertadores

L! conversou com Juan Verzeri, auxiliar de Diego Aguirre, compatriota e ex-técnico do meia nos tempos de seleção uruguaia sub-20. Flamengo disputa a final no dia 27, em Montevidéu

23 nov 2021 - 09h29
(atualizado às 09h29)
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Arrascaeta já voltou a jogar, mas ainda não está 100% fisicamente (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)
Arrascaeta já voltou a jogar, mas ainda não está 100% fisicamente (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)
Foto: Lance!

O que o braço direito de Diego Aguirre tem a ver com Arrascaeta, a não ser o fato de ambos serem uruguaios? Juan Verzeri, auxiliar técnico do Internacional, comandou o meia do Flamengo nos tempos de seleção sub-20; ambos foram vice-campeões mundiais da categoria em 2013. E, nesta semana especial para o camisa 14, o LANCE! ouviu Verzeri para falar sobre um dos postulantes à protagonista na final da Libertadores, a ser decidida no dia 27, em Montevidéu.

Arrascaeta voltou a jogar no último sábado, na vitória contra o Internacional, após 48 dias fora de combate, em recuperação de uma lesão muscular. Antigo conhecedor de Giorgan, Verzeri comentou o porquê ele admira e considera o futebol do meia um trunfo na decisão, além de um indicar um fator que pode ser essencial: a bola parada. Mas fez uma ponderação - a mesma que o torcedor tem feito há alguns dias.

- É um jogador que tem uma ótima leitura do jogo, da gestão dos tempos, dos espaços e situações. E ele possui recursos físicos e técnicos para resolver toda a jogada rapidamente, o que é a chave de sua criatividade. Um claro exemplo da importância que o Arrascaeta tem na engrenagem do Flamengo é que, apesar do grande time e opções que possuem, não conseguiram manter a produção técnica durante a sua ausência - disse o auxiliar de Aguirre, emendando:

- Eu acredito que Arrascaeta pode ser fundamental para a final contra o Palmeiras, somando tudo que eu disse e mais a capacidade dele na bola parada, algo essencial numa decisão. Por outro lado, você não pode dar vantagens ao rival em termos de ritmo e intensidade, então a balança vai depender do grau da evolução que Giorgan se encontrará na partida - completou Verzeri, que, coincidentemente, viu Arrascaeta retornar contra si.

Juan Verzeri, atualmente, é auxiliar técnico de Diego Aguirre no Internacional (Foto: Ricardo Duarte / Internacional)
Juan Verzeri, atualmente, é auxiliar técnico de Diego Aguirre no Internacional (Foto: Ricardo Duarte / Internacional)
Foto: Lance!

Engenheiro de sistemas de computação e com pós-graduação em matemática, Verzeri levou o Uruguai de volta a uma Olimpíada depois de 84 anos (Londres-2012) e foi vice do Mundial Sub-20 sob o comando da geração de Arrascaeta. Além de demonstrar um carinho especial com o craque do Fla, falou que ainda deseja ver o camisa 14 brilhar na Europa e seguir em ascensão na Celeste em prol da encardida vaga para a Copa do Mundo do Qatar.

Confira outros trechos da entrevista:

Você pôde acompanhar de perto o início da trajetória de Arrascaeta. Acha que ser um dos protagonistas do futebol brasileiro atualmente condiz com o seu potencial ou esperava algo diferente a essa altura?

- Aos 18 anos já jogava na primeira divisão do Defensor e conseguiu se consolidar como o mastro da equipe sub-20 do Uruguai que foi vice-campeã mundial. De acordo com seu talento, ele criou uma expectativa enorme em relação ao seu futuro.

A partir daí desenvolveu uma importante carreira em constante ascensão, chegando a uma equipe grande da América como o Flamengo, na qual é peça fundamental e já conquistou títulos muito importantes. Por sua vez, a sua participação na seleção uruguaia também vem prosperando e ultimamente conseguiu se firmar.

Pessoalmente, adoraria vê-lo jogar no mais alto nível na Europa, onde competem os melhores do mundo. Considero que tem ele condições e está em plenitude para estar lá, mas vai depender fundamentalmente de suas ambições e sonhos.

Acredita que Arrascaeta pode ser mais decisivo na seleção uruguaia? Como avalia o rendimento recente dele pela Celeste?

- Durante vários anos, foi muito difícil para ele deixar a sua identidade na seleção. Tinha uma participação irregular e não chegou a sentir a confiança que tem na sua equipe. Eu acho que isso passava muito pelo modelo e sistema de jogo. Recentemente, pouco antes da queda do Óscar Tabárez, houve uma mudança importante no padrão de jogo, com uma nova geração de jogadores, onde Giorgian vinha desenvolvendo o seu melhor desempenho. A seleção lamentou muito a ausência dele nesses últimos jogos que ele não pôde atuar. Será importante para o Uruguai poder contar com ele em sua melhor forma na reta final das Eliminatórias se quiser ir para o Qatar.

Lance!
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