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Oposição vence eleição no Flamengo e Abel deve ser anunciado

Rodolfo Landim será empossado na segunda quinzena de dezembro e assumirá o comando do clube em janeiro de 2019

9 dez 2018 - 00h17
(atualizado às 13h24)
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Candidato da oposição, Rodolfo Landim foi escolhido para ser presidente do Flamengo pelos próximos três anos. Encabeçando a Chapa Roxa, Landim recebeu 1.879 votos e obteve 61,65%, contra 1.097 (35,99%) do segundo colocado, o candidato da situação Ricardo Lomba, da Chapa Rosa.

Azarões, Marcelo Vargas e José Carlos Peruano obtiveram 41 (1,34%) e 22 (0,72%) votos e ficaram na terceira e quarta posições, respectivamente. O total de votos era de 3.048, tendo ainda seis brancos e três nulos.

Rodolfo Landim é eleito o novo presidente do Flamengo.
Rodolfo Landim é eleito o novo presidente do Flamengo.
Foto: Reprodução/Flamengo Twitter / Estadão Conteúdo

Landim será empossado na segunda quinzena de dezembro e assumirá o comando do clube em janeiro de 2019. Uma de suas primeiras tarefas será escolher o novo treinador do Flamengo. Abel Braga é o mais forte cotado para comandar a equipe rubro-negra na próxima temporada.

A negociação deve ser encabeçada por Marcos Braz, que já havia sido citado por Landim como seu futuro vice de futebol. Com isso, a boa relação do clube com o empresário Carlos Leite, agente de vários jogadores no futebol brasileiro e na Europa, pode melhorar, já que Braz e Leite são amigos de longa data.

Empresário, Landim vai substituir Eduardo Bandeira de Mello, a quem apoiou na eleição de 2012. O novo presidente do Flamengo até integrou a diretoria do antecessor no primeiro mandato. Mas entrou em divergências e acabou se tornando opositor nos últimos anos.

A eleição presidencial do Flamengo teve início às 8 horas deste sábado. Mas a sede do clube, na zona sul do Rio de Janeiro, ficou mais movimentada por volta das 13h, horário em que chegaram inclusive figuras conhecidas da história do time. Entre eles estavam os ex-jogadores Júnior e Nunes, o ex-presidente Márcio Braga e o ator Thiago Lacerda, todos apoiadores de Rodolfo Landim. Já o deputado federal Miro Teixeira (Rede-RJ) andou pelo local de votação ao lado de Eduardo Bandeira de Mello, que, em baixa com a torcida, apoia Ricardo Lomba.

A principal atração, porém, chegou mais tarde, já no início da noite, quando a votação estava perto de terminar. Vanderlei Luxemburgo voou de São Paulo ao Rio e deu o seu voto no pleito, que foi realizado na Gávea. O treinador, torcedor confesso do Flamengo e que atualmente está sem clube, causou muito alvoroço em sua chegada.

Dentre os sócios que compareceram ao clube - mais de 8 mil estavam habilitados a votar -, a militância predominante era da cor roxa, da chapa de Landim. O rosa de Lomba, porém, também era visto com frequência. Mais discretas, as campanhas de Peruano e Marcelo Vargas ficavam mais restritas a pequenos grupos.

Aberta a poucos sócios, a eleição foi alvo de protesto de um grupo de torcedores de fora do Rio, que estenderam uma faixa pedindo votação a distância. Há quem defenda a possibilidade de participação de sócios-torcedores. Segundo a última pesquisa Datafolha, a torcida rubro-negra corresponde a 18% da população do País.

DESPEDIDA DE BANDEIRA DE MELLO

O resultado da eleição confirma a rejeição que o atual presidente, Eduardo Bandeira de Mello, vinha sofrendo dentro do clube nos últimos meses. Ele esteve longe de fazer o seu sucessor. Lomba, seu candidato, não passou dos 36% dos votos.

Bandeira de Mello foi eleito no fim de 2012 quase como unanimidade dentro do clube. Tinha o apoio dos grupos políticos, da torcida e recebia elogios de dirigentes de outros times. Ele foi o principal responsável por reestruturar a gestão do Flamengo e fazer os ajustes nas contas. Por isso foi reeleito em 2015.

No entanto, divergências internas afastaram grupos políticos e causaram desgaste em sua imagem. Ao mesmo tempo, os altos investimentos em reforços não se traduziram em resultados de respeito. E o atual presidente passou a conviver com acusações de que estaria aproveitando a visibilidade do cargo para tentar uma carreira política. Neste ano, ele se candidatou a deputado federal pela Rede, de Marina Silva, e não foi eleito.

Os revezes se refletiram também nas arquibancadas. Antes elogiado pela torcida, passou a receber vaias, mesmo diante do vice-campeonato brasileiro, resultado que o time não vinha conseguindo alcançar nos últimos anos.

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Veja a seleção estatística do Campeonato Brasileiro 2018:
Estadão
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