/images.terra.com/2015/05/21/figueirense.png "Logo do Figueirense")
Paixão da torcida do Figueirense golpeia clube-empresa
Uma das principais resistências de adesão ao projeto clube-empresa, em elaboração no Congresso Nacional, é que seus responsáveis pela gestão de futebol, sem nenhum vínculo mais forte com os times, resolvam deixar o barco no meio do caminho. Há um exemplo recente e histórico disso: a ruptura do contrato de uma empresa que assumiu o controle do Figueirense em meio à disputa da Série B, por causa do excesso de dívidas.
Sob o risco de abandonar o Brasileiro, o Figueirense pode ficar dois anos sem disputar uma competição oficial. Mas a resposta contra esse temor veio rapidamente, com a torcida do time lotando o Estádio Orlando Scarpelli, na noite dessa terça (25), e incentivando seus jogadores mesmo diante da adversidade no placar – derrota para o líder Bragantino por 3 a 0.
Foram quase 15 mil torcedores se manifestando pelo amor incondicional ao tradicional clube catarinense, em contraponto à decisão da empresa gestora de encerrar a parceria precocemente. O Figueirense é o lanterna da Série B e tem um futuro sombrio até o final do ano. Mas a torcida promete lotar o estádio toda vez que o time atuar em casa, mesmo que o descenso se confirme.
No segundo semestre de 2017, o Figueirense assinou parceria na qual a administração do futebol passou a ser gerida pela empresa. Mas os gestores não conseguiram equilibrar as finanças do setor e houve atrasos repetidos de salários dos atletas.
Eles até deixaram de entrar em campo numa partida, contra o Cuiabá, fora de casa, em 20 de agosto, como forma de protesto. Agora, havia a ameaça até de um novo WO, o que eliminaria o time do Brasileiro. Sem ver solução para o problema, a empresa decidiu pela ruptura.
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