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Felipe Melo está na lista VIP de perdoados no futebol
O perdão do técnico do Palmeiras, Cuca, ao meia Felipe Melo, por atos de indisciplina, denota mais do que um gesto nobre e raro no futebol. Pesaram ali o alto salário do atleta (cerca de R$ 350 mil mensais), e a ameaça de ele entrar com uma ação na Justiça alegando falta de condições de trabalho. Todo esse imbróglio promete um capítulo especial nesta quinta (12), quando o Palmeiras enfrenta o Bahia, no Pacaembu, pelo Brasileiro. O meia foi relacionado para a partida depois de longa ausência e ficará entre os reservas.
Após a eliminação do Palmeiras pelo Cruzeiro, nas quartas de final da Copa do Brasil, em 26 de julho, um áudio com a voz de Felipe vazou pelas redes sociais e esquentou o ambiente no Palmeiras. Na gravação, ele se referia agressivamente a Cuca, chamando-o de “mau caráter, mentiroso e covarde”.
A torcida do Palmeiras vai saber em pouco tempo se o perdão a Felipe vai trazer resultados. Anos atrás, o técnico Carlos Alberto Parreira deixou para trás rusgas com Romário e o convocou para a última partida das eliminatórias do Mundial de 1994. A Seleção disputava vaga com o Uruguai e o craque acabou com o jogo, no Maracanã. Fez os dois gols da vitória e deixou seus marcadores estonteados.
Poucos anos depois, Vanderlei Luxemburgo tornava pública uma desavença com Marcelinho Carioca, que se atrasara num treino do Corinthians. O técnico deixava claro que ocorrera internamente algo grave no relacionamento com o atleta. A diretoria do clube aplicou multa a Marcelinho e Luxemburgo aceitou o pedido de desculpas dele.
Mais recentemente, em 2014, Jô se envolveu em uma polêmica na concentração do Atlético-MG, ao lado de André e Emerson Conceição. O trio acabou afastado e só foi reintegrado no ano seguinte. Para dar a volta por cima, bastou a Jô entrar no decorrer da partida que decidia o Campeonato Mineiro de 2015, contra a Caldense. Ele fez o gol do título.
O recordista de perdões no futebol brasileiro é o atacante Jobson. Somente do Botafogo ele já recebeu afagos três vezes após incidentes que comprometeram sua carreira. Ora envolvido nos mais diversos atos de indisciplina ora flagrado por exames de doping, Jobson teve três chances de se redimir no clube carioca. Mas falhou em todas.
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