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Ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon é eleito chefe de comissão de ética do COI

14 set 2017 - 16h02
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O ex-secretário-geral da ONU Ban Ki-moon foi eleito nesta quinta-feira presidente da comissão de ética do Comitê Olímpico Internacional (COI), num momento em que a entidade tenta melhorar sua imagem em meio a uma série de casos de corrupção envolvendo membros do primeiro escalão.

Ban Ki-moon fala durante sessão do COI em Lima
 14/9/2017    REUTERS/Guadalupe Pardo
Ban Ki-moon fala durante sessão do COI em Lima 14/9/2017 REUTERS/Guadalupe Pardo
Foto: Reuters

Ban, que manteve laços próximos com o COI durante sua passagem como secretário-geral da ONU de 2007 a 2016, foi eleito para um mandato de quatro anos durante encontro da entidade olímpica em Lima, no Peru, e substituirá o senegalês Youssoupha Ndiaye.

"Ética é essencial para o sucesso de qualquer organização", disse Ban à sessão do COI em um breve pronunciamento, no qual não citou nenhum caso específico. "É por isso que fiz tudo que era possível para fortalecer a cultura da ética na ONU. Tentei liderar pelo exemplo".

Ban terá de trabalhar rápido, à medida que o COI tem sido criticado por não agir rápido o bastante para lidar com diversos casos de suspeitas de irregularidades envolvendo seus membros nos últimos meses.

Em um dos casos, o presidente do Comitê Olímpico do Brasil e ex-membro do COI, Carlos Arthur Nuzman, atualmente membro honorário, está sendo investigado por corrupção em um caso que envolve a suspeita de compra de votos por parte do Rio de Janeiro na eleição que escolheu a cidade como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

A Polícia Federal realizou buscas na casa de Nuzman, onde encontrou dinheiro em espécie e um passaporte russo, e o intimou a prestar depoimento. O dirigente nega ter cometido qualquer irregularidade.

Outro caso envolve o dirigente de longa data do COI Patrick Hickey, da Irlanda, que foi preso durante a Olimpíada do Rio por suspeita de envolvimento em esquema de venda ilegal de ingressos. O dirigente também nega ter cometido crimes.

Outro membro do COI, o xeique Ahmad Al-Fahad Al-Sabah, do Kuweit, faltou a vários encontros do COI nos últimos meses após ter seu nome citado em documentos judiciais dos EUA em uma investigação sobre pagamentos de propina na Fifa.

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