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Esportes Aquáticos

Atletas fazem novo protesto contra demolição do Parque Julio de Lamare

18 mai 2013 - 15h37
(atualizado às 16h34)
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Enquanto a presidente Dilma Rousseff inaugurava neste sábado - desta vez em Brasília - mais um estádio reformado para a Copa do Mundo, atletas e alunos de natação protestavam no Rio de Janeiro contra a demolição do Parque Aquático Julio de Lamare, anexo ao Estádio do Maracanã. Organizada pela Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), a manifestação ocorreu em frente ao estádio.

Reformado por R$ 10 milhões em 2007, o parque aquático conta com piscina olímpica, piscina aquecida, tanque de saltos e ginásio, que serão demolidos para dar lugar a estacionamento. A retirada das instalações esportivas consta no projeto de reforma do Maracanã e deixará atletas de cinco esportes olímpicos, além de alunos de projetos sociais, sem local para treinar.

O presidente da CBDA, Coaracy Nunes, questionou, no protesto, a demolição, "anunciada às pressas", e reclamou que não tem para onde transferir os atletas - entre eles o medalhista de saltos ornamentais César Castro. "Aqui é o melhor local para treinar nossas seleções olímpicas no Brasil", garantiu.

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Para contornar o problema, a CBDA enviou dez atletas para treinar na China, enquanto procura novas instalações. "Preciso de uma piscina com profundidade de 3 m para salto sincronizado - modalidade com grande chance de medalhas olímpicas - e aqui não tem", disse Coaracy. O Parque Aquático Maria Lenk, que poderia recebê-los, será fechado para reforma em breve.

Também participaram do protesto idosos que faziam aulas de natação e hidroginástica no local em projeto social do governo do Estado. As aulas foram interrompidas em abril, com a promessa de que seriam transferidas para o América Futebol Clube, nas imediações. No entanto, até hoje, a única informação é que a parceria com a Secretaria Estadual de Esporte não foi fechada.

"Fomos ao América semana passada e o representante do clube disse que o contrato com o governo ainda não foi feito", contou o aposentado Hermógenes Peçanha, 85 anos, que frequentava as aulas duas vezes por semana. Neste sábado, ele cobrou a retomada do projeto. "Era uma qualidade de vida que eu tinha, é a atividade física que me mantém vivo", completou.

De acordo com o governo do Estado, a demolição do Julio de Lamare é necessária para transformar o entorno do Maracanã em um "grande centro de entretenimento e também para atender às necessidades de escoamento e circulação de público nos padrões internacionais". Sobre o convênio com o América, o governo informou que o objetivo é fechar a parceria até junho.

Agência Brasil Agência Brasil
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