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Especialista dá dicas para iniciantes e até corredores de longa data

Avaliações antes dos treinamentos e assessoria esportiva são algumas das indicações

24 jan 2020 - 18h31
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O preparador físico Douglas de Melo, diretor técnico da Top Notch Training assessoria esportiva, de 51 anos, trabalha com corridas há 20 anos. Antes disso, treinava atletas de alto rendimento. Para ele, especificamente a corrida de rua se torna interessante por dar liberdade aos atletas, mesmo aqueles que ainda estão dando seus primeiros passos nas provas. Essa prática que agrega um número cada vez maior de pessoas ocorre todos os dias em diversos horários e locais diferentes, geralmente ao ar livre.

Para quem pretende ingressar no universo das corridas de rua, Douglas indica avaliações antes dos treinamentos. "Para quem vai começar a correr, é necessário passar por uma avaliação médica antes. Eu sempre peço uma avaliação cardiológica. Não precisa ser um exame muito detalhado, mas precisamos avaliar primeiro o coração porque a pessoa, quando vai treinar, estará em esforço sempre, então precisamos ver como o coração se comporta com o esforço. Sendo liberada pelo médico conseguimos começar com os trabalhos", explica o também diretor técnico da Top Notch Training.

Ele ainda reforça que em alguns casos a corrida só ocorre após um período de preparação. "O que acontece muito é que o atleta, o aluno iniciante, quer correr. Mas em determinados casos a gente não consegue fazer isso de cara e precisa fazer uma adaptação muscular, um trabalho de fortalecimento, além de trabalho técnico para economia de energia e movimento. Essa adequação de músculo, coração e pulmão é que pré-determinam o treinamento esportivo", diz

Então depois de uma avaliação em pista vai ser determinado o tipo de treino para cada pessoa, se começa com caminhada, correndo ou treinamento intercalado. "Tudo isso para que ele consiga correr e treinar sem desanimar. É muito comum você ver o atleta ir para o parque, correr por 15 minutos e ficar cansado. Aí ele vai mais umas quatro vezes e desiste. Então se ele progredir de uma forma segura, a gente consegue manter esse aluno por um bom tempo", afirma.

Outra dica importante é procurar uma assessoria esportiva (como são chamados os grupos de treinamento de corrida de rua) ou um profissional de educação física. "Ele pode ajudar a montar e adequar os treinamentos dentro dessas necessidades e possibilidades que o atleta tem. Depois disso, alguns testes de pista são feitos para determinar ritmo e velocidade de treino, além de uma avaliação física e ortopédica, ou com fisioterapeuta, para ver se existe alguma lesão ou necessidade especial. Tudo isso para conseguir iniciar o treinamento", conta.

"Passando por essa fase e começando a treinar, o importante é pelo menos se manter em atividade três vezes por semana durante oito semanas para que a pessoa comece a ver benefícios e transformações. A partir desse período de dois meses a gente já consegue inverter o papel e o aluno passa a entender que o treino faz efeito e tem essa margem de segurança. Ele já estará equilibrado, com musculatura fortalecida e consegue correr um pouco mais. Depois é só desenvolver a corrida", lembra Douglas.

O especialista também tem dicas para quem já corre e pretende melhorar o seu desempenho. Douglas diz que o ideal é modificar os treinamentos de acordo com o objetivo que pretende alcançar. "É preciso ver que tipo de prova ele quer fazer, se é uma prova mais longa, se ele quer correr mais rápido... Temos variáveis de treinamentos, de alta intensidade, trabalho com subidas, que o atleta pode colocar durante a periodização do treinamento. Isso fará com que ele aumente sua força e melhore sua capacidade fisiológica. Com isso ele consegue melhora de ritmo ou correr um pouco mais longe", diz.

Estadão
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