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Em ano decisivo, Arthur Zanetti promete novos movimentos antes do Mundial

Campeão olímpico de 2012 pretende apresentar uma série mais difícil antes do torneio que vale vaga olímpica

24 jan 2019 - 04h40
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Atual vice-campeão mundial e olímpico, o ginasta Arthur Zanetti decidiu iniciar as disputas de 2019 antes do habitual. Depois de participar de um camping no Rio até o final do mês, com a seleção brasileira, ele vai competir nos Estados Unidos e na Austrália, torneio que não fez parte de sua rotina nos anos anteriores. Duas razões justificaram a mudança: ele pretende dificultar os movimentos de sua série nas argolas e terá pela frente a disputa pela vaga nos Jogos de Tóquio no Mundial de Stuttgart, na Alemanha, em outubro.

"Este é o ano mais importante do ciclo olímpico para a ginástica", afirma o campeão olímpico das argolas nos Jogos de Londres. "Vamos buscar a vaga para os Jogos de Tóquio no Mundial de Stuttgart", afirmou ao Estado.

No dia 5 de fevereiro, ele viaja para Houston, nos EUA. De lá, o ginasta vai para a Austrália no dia 15 para a etapa de Melbourne da Copa do Mundo. Em seguida, embarca com a seleção para a Alemanha para a disputa da DTB Cup.

Os dois primeiros torneios representam uma forma simbólica de dizer aos concorrentes que o ano já começou. "Melbourne é uma Copa do Mundo nova, que eu nunca fiz. Optei por competir lá para mostrar que já estamos iniciando o ano e estaremos fortes. Será um ano bem importante."

Zanetti está treinando novos elementos para aumentar a nota de dificuldade de sua série. Mas faz certo mistério. "Estou treinando, mas não vou mostrar nas primeiras apresentações. Provavelmente no Pan", diz o ginasta de 28 anos.

Os Jogos Pan-Americanos de Lima, no mês de julho, serão uma espécie de preparação para o Mundial na Alemanha, o principal torneio da temporada, pois vale vaga para os Jogos de Tóquio. Nove lugares estarão em disputa - China, Japão e Rússia estão classificados. Nos Jogos do Rio, o Brasil conseguiu levar uma equipe completa com a ginástica masculina à final olímpica pela primeira vez em sua história.

"Como terminamos em sexto no Mundial de 2018, temos ao menos que manter essa colocação", afirma o treinador Marcos Goto. "Conquistada a vaga olímpica, iremos buscar o maior número possível de finais e medalhas. Com isso, teremos uma ideia dos atletas que vão brigar por medalhas em 2020", avalia.

O Pan será uma espécie de termômetro. Arthur Zanetti afirma que o time tem de estar bem alinhado, em provavelmente 90% da performance. O primeiro passo da temporada é o período de testes médicos e técnicos para 17 ginastas das categorias adulto e juvenil no Parque Olímpico do Rio de Janeiro.

Além dos treinos diários, a programação conta com palestras sobre diferentes temas como o programa de prevenção e combate ao assédio no esporte e arbitragem. O treino é também um momento de integração entre jovens e adultos. "Esse primeiro treino está sendo bem produtivo, com bastante gente. O mais bacana é termos os atletas do juvenil. É importante para eles olharem o treino do adulto, um pouco mais pesado na preparação física", compara Zanetti.

Estadão
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