PUBLICIDADE

Sem TV, torcedor terá de acompanhar Brasileiro pelo rádio e internet

Falta de acordo na transmissão leva público a ter de recorrer a outras alternativas

18 abr 2019 - 04h41
(atualizado às 04h41)
Compartilhar
Exibir comentários

As transmissões ao vivo pelo rádio e o acompanhamento dos jogos em tempo real pela internet são até agora as únicas alternativas para o possível buraco na transmissão dos jogos do Campeonato Brasileiro. A situação do momento é de o torcedor precisar recorrer a outras soluções para saber do andamento das partidas.

Ainda não há, pelo menos para esta temporada do Campeonato Brasileiro, outras alternativas para cobrir a lacuna, como redes sociais ou YouTube. Isso só seria possível caso os clubes acordassem individualmente entre si cada um dos contratos.

Embora Palmeiras e Athletico-PR pretendam fechar os contratos restantes, os clubes adotam a postura firme de só assinar com valores considerados adequados. No caso da TV aberta, o time alviverde contesta a forma de divisão do contrato, com 30% do total a ser repassado de acordo com a quantidade de jogos exibidos, algo que é determinado exclusivamente pela emissora.

O Palmeiras, inclusive, elaborou a previsão orçamentária para 2019 sem incluir a cota de televisão nas finanças. O clube estima uma receita de R$ 561 milhões ao longo da temporada.

A Globo também tem se mostrado interessada em resolver o problema e promoveu nas últimas semanas uma nova rodada de negociações com os dois clubes. Uma das preocupações da emissora é diminuir o faturamento com o pay-per-view, responsável por render cerca de R$ 1,4 bilhão no ano passado. Parte desse valor vem da quantidade de pacotes assinados pelos consumidores com as operadores.

IMPACTO

Para o professor de marketing esportivo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Ivan Martinho, o desafio dos canais de televisão no momento é mais do que fazer negócios e sim avisar ao público que o antigo formato, canal e horários de transmissão serão mudados depois de muitos anos.

"É uma questão de hábito, de contar com o jogo de quarta-feira à noite e de domingo à tarde na TV. Vejo toda essa situação como uma curva de aprendizagem. As pessoas vão se acomodar e se ajeitar ao novo modelo. Não vejo isso como um problema", afirmou.

Ele considera que a situação nova no mercado de transmissão representa uma mudança positiva. "Tudo isso mostra uma hegemonia sendo quebrada. O mercado se fortaleceu, com novos cenários e formas de se consumir o conteúdo", explicou Martinho.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade