Croácia encara a Inglaterra tentando retomar brilho perdido
Eles têm experiência, muito talento e não há questionamento sobre seu espírito de luta, mas ainda assim ainda há algo que estranhamente falta neste time da Croácia que alcançou a semifinal da Copa do Mundo pela segunda vez em sua história.
A seleção croata se tornou apenas a segunda a vencer disputas de pênaltis consecutivas na história da Copa do Mundo, após a Argentina em 1990, depois de vencer Dinamarca e Rússia nesta Copa.
Nenhum desses jogos, no entanto, foi digno de um potencial campeão do mundo, e tampouco fez jus à qualidade da Croácia, uma das seleções mais talentosas na Rússia.
Quatorze jogadores da equipe atuam nas cinco melhores ligas da Europa - Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França - incluindo Luka Modric e Mateo Kovacic do Real Madrid; Ivan Rakitic do Barcelona e Mario Mandzukic da Juventus.
Quando a Croácia fechou a fase de grupos com nove pontos em três jogos, eles realmente pareciam candidatos sérios à glória.
Mas aquele brilho parece ter desaparecido na fase eliminatória e, em vez disso, eles tiveram que confiar mais na resiliência para enfrentar oponentes menos talentosos.
O técnico Zlatko Dalic certamente pôs em campo bastante faro ofensivo contra a Rússia.
Os talentosos Modric e Rakitic foram escalados no miolo do meio-campo, sem cobertura defensiva, e havia dois alas abertos, Ante Rebic e Ivan Perisic, e dois atacantes centrais, Manduzkic e Andrej Kramaric. Mas o esquema não funcionou como planejado.
Os longos períodos de posse da Croácia foram em grande parte improdutivos, o passe final não entrava bem e eles foram surpreendidos pela abordagem agressiva da Rússia.
"Fomos dominados no meio-campo", disse Dalic. "Nos restou apenas as bolas longas. Não é assim que a Croácia joga. Esse não é o nosso estilo."
Ir para a prorrogação e para as penalidades significava usar valiosas reservas de energia que poderiam colocá-los em desvantagem para a semifinal da próxima quarta-feira, quando enfrentarão a Inglaterra, que venceu a Suécia por 2 x 0.
"Houve momentos em que nos faltou energia: 240 minutos de futebol em seis dias cobram seu preço", disse Modric, que, como Mandzukic e Rakitic, tem mais de trinta anos.
Dalic, no entanto, disse que ainda há muito a dar.
"É claro que ainda resta muita energia para enfrentar os ingleses - não vamos parar, vamos tentar jogar o nosso melhor jogo", disse ele.
"Temos duas partidas para jogar, estamos muito motivados."
E, se tudo mais falhar, a Croácia pode entrar em uma disputa de pênaltis confiante de que sairá como vencedores.
"A partida contra a Rússia é mais uma vitória do nosso caráter. Temos nervos de aço", disse Kramaric. "Mostramos como somos calmos e autoconfiantes. Talvez a partida não seja a mais bonita, mas será lembrada."