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Croácia encara a Inglaterra tentando retomar brilho perdido

8 jul 2018 - 15h24
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Eles têm experiência, muito talento e não há questionamento sobre seu espírito de luta, mas ainda assim ainda há algo que estranhamente falta neste time da Croácia que alcançou a semifinal da Copa do Mundo pela segunda vez em sua história.

A seleção croata se tornou apenas a segunda a vencer disputas de pênaltis consecutivas na história da Copa do Mundo, após a Argentina em 1990, depois de vencer Dinamarca e Rússia nesta Copa.

Nenhum desses jogos, no entanto, foi digno de um potencial campeão do mundo, e tampouco fez jus à qualidade da Croácia, uma das seleções mais talentosas na Rússia.

Quatorze jogadores da equipe atuam nas cinco melhores ligas da Europa - Inglaterra, Espanha, Itália, Alemanha e França - incluindo Luka Modric e Mateo Kovacic do Real Madrid; Ivan Rakitic do Barcelona e Mario Mandzukic da Juventus.

Quando a Croácia fechou a fase de grupos com nove pontos em três jogos, eles realmente pareciam candidatos sérios à glória.

Mas aquele brilho parece ter desaparecido na fase eliminatória e, em vez disso, eles tiveram que confiar mais na resiliência para enfrentar oponentes menos talentosos.

O técnico Zlatko Dalic certamente pôs em campo bastante faro ofensivo contra a Rússia.

Os talentosos Modric e Rakitic foram escalados no miolo do meio-campo, sem cobertura defensiva, e havia dois alas abertos, Ante Rebic e Ivan Perisic, e dois atacantes centrais, Manduzkic e Andrej Kramaric. Mas o esquema não funcionou como planejado.

Os longos períodos de posse da Croácia foram em grande parte improdutivos, o passe final não entrava bem e eles foram surpreendidos pela abordagem agressiva da Rússia.

"Fomos dominados no meio-campo", disse Dalic. "Nos restou apenas as bolas longas. Não é assim que a Croácia joga. Esse não é o nosso estilo."

Ir para a prorrogação e para as penalidades significava usar valiosas reservas de energia que poderiam colocá-los em desvantagem para a semifinal da próxima quarta-feira, quando enfrentarão a Inglaterra, que venceu a Suécia por 2 x 0.

"Houve momentos em que nos faltou energia: 240 minutos de futebol em seis dias cobram seu preço", disse Modric, que, como Mandzukic e Rakitic, tem mais de trinta anos.

Dalic, no entanto, disse que ainda há muito a dar.

"É claro que ainda resta muita energia para enfrentar os ingleses - não vamos parar, vamos tentar jogar o nosso melhor jogo", disse ele.

"Temos duas partidas para jogar, estamos muito motivados."

E, se tudo mais falhar, a Croácia pode entrar em uma disputa de pênaltis confiante de que sairá como vencedores.

"A partida contra a Rússia é mais uma vitória do nosso caráter. Temos nervos de aço", disse Kramaric. "Mostramos como somos calmos e autoconfiantes. Talvez a partida não seja a mais bonita, mas será lembrada."

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