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Messi

Messi e Argentina saem mais fortalecidos da Copa América

Craque criou mais identificação com torcedores de seu país e seleção mostra que pode ter futuro

7 jul 2019 - 04h41
(atualizado às 04h41)
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A Argentina não conseguiu encerrar o jejum de títulos que dura 26 anos, mas deixa a Copa América muito mais fortalecida do que quando entrou. O time reformulado mostrou evolução durante o torneio e, talvez, o mais importante: Messi finalmente criou forte identificação com os torcedores do seu país.

O terceiro lugar conquistado com vitória por 2 a 1 sobre o Chile deu moral para o técnico interino Lionel Scaloni continuar no cargo. Ele tem contrato até o fim do ano, mas a imprensa argentina já fala (e pede) a renovação.

A reformulação da seleção também parece que mexeu com Messi. O craque do Barcelona nunca foi de falar demais. Sempre tentou ser contido nos comentários e não criar polêmica. Mas na Copa América ele mudou. Logo após garantir o terceiro lugar, ele soltou o verbo contra a Conmebol e a comissão de arbitragem.

Também recusou receber a medalha de bronze "por não compactuar com corrupção" e acusou a "Copa América de estar comprada para o Brasil". Ao fazer um balanço geral da competição, realçou as críticas de sempre, mas também pediu paciência com esta nova seleção.

"Encerramos a Copa América com um triunfo, mas sobretudo com a cabeça erguida e com a sensação de que desta vez o futebol não foi justo com a gente. Da maneira que jogamos e porque fomos muito superiores ao Brasil, merecíamos estar na final. Mas há que olhar adiante com otimismo porque há futuro e uma base muito grande com essa seleção. Só é preciso dar a esse time um pouco de tempo."

Scaloni também endossou as palavras de Messi. "Foi uma experiência inesquecível. Lógico que gostaríamos de estar na final, a Argentina sempre entra nas competições para alcançar a final, mas acho que foi um desempenho produtivo. Conseguimos avanços, existe algo a confiar no futuro. Tenho certeza de que vem coisa muito boa pela frente para essa equipe."

A Argentina tem ainda cinco amistosos marcados até o final do ano. Scaloni já avisou que manterá a maioria dos atletas que chamou para a Copa América. O elenco que disputou o torneio tinha média de idade de 27,5 anos e dez jogadores que nem haviam nascido quando sua seleção ergueu um troféu pela última vez. Messi e Scoloni devem ter ainda muito trabalho, mas a Argentina se despede do torneio melhor do que entrou.

Estadão
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