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Sheik diz que Andrés faz "cavalo de pau" para pagar as contas do Corinthians

3 abr 2020 - 15h36
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Emerson Sheik foi coordenador no departamento de futebol do Corinthians por 10 meses, em 2019. A experiência mostrou ao ex-atacante um mundo que ele não conhecia e também não quer voltar a vivenciar.

Emerson Sheik deixou o Corinthians depois de ter seu nome exposto em faixas de protesto da torcida

"Não sei se eu voltaria a trabalhar como dirigente. Hoje, os clubes estão em situação difícil, tem o Flamengo, que está melhor… O clube financeiramente não caminhando bem é muito difícil de trabalhar, não só nas contratações, mas na manutenção. Os boletos chegam", afirmou.

Em entrevista à Fox Sports, Sheik falou sobre a dificuldade financeira do Corinthians e rasgou elogios ao presidente Andrés Sanchez e ao diretor de futebol Duílio Monteiro Alves.

"O Corinthians não atrasa salário. Uma hora ou outra deixa de pagar algo, mas não é uma coisa que me faz bem, entre milhões de outras coisas. Como diretor de futebol eu não voltaria mais. Minha experiência foi boa, vivi universo fora das quatro linhas, mas tem muitas coisas que envolvem que acho que não levo jeito, a não ser que as coisas estejam equilibradas e certinhas".

No Corinthians, o Andrés faz cavalos de pau para honrar os compromissos. Ele e o Duílio são sérios, mas a situação está muito difícil.

Esse problema de caixa, aliás, foi o motivo principal do clube não ter atendido aos pedidos de Fábio Carille em meio a maior crise do técnico no clube.

"O Carille vinha dizendo que faltavam algumas peças e isso ficou bem claro. Mas, a situação financeira não permitia grandes investimentos. Eu concordava com o Fábio, a diretoria fez grande esforço para trazer jogadores como Gil e Love".

Em 2014, como jogador, Emerson Sheik foi dispensado por Mano Menezes e deixou o clube bastante incomodado com a situação. Agora, o autor dos gols da final da Libertadores de 2012 percebeu a chateação de Jadson e Ralf diante da decisão de Tiago Nunes e do clube pela ruptura dos vínculos.

"O Ralf e o Jadson têm uma história linda, entendo que o treinador tem direito de optar e trabalhar com cada atleta, é uma decisão do treinador. Eu gosto muito do futebol do Jadson e do Ralf, por ter vivido na bola, alguns atletas funcionam à base de carinho, outros não. Precisa ter uma leitura do ser humano, do atleta", opinou.

"O Jadson é um talento. Falam que está velho, mas eu discordo. Está em boa forma, pode jogar em qualquer clube. Ele é craque, diferenciado. O Ralf tem muita força, é um cara extremamente comprometido, um baita profissional, também joga em qualquer lugar", continuou.

A maneira, talvez, que esses atletas entenderam como saíram, que poderia ser diferente. É uma opinião deles de que poderia ser mais respeitosa. Eu vejo o Duílio como um cara que fala as coisas no momento certo, de conversar, explicar. Eu não trabalhei com o Tiago, não sei se foi ele que fez a abordagem, acho que não foi ele

Sheik garantiu que não sabe quem foi o responsável por conversar com os ídolos sobre a notícia.

"Eu acho que não foi o Duílio que conversou com eles, o Andrés também, normalmente, não fez essa abordagem. É a galera abaixo dele que fica com essa função".

Para terminar, aos 41 anos de idade, Emerson Sheik deu uma dica do rumo que sua vida profissional pode ter em breve.

Agora, estou focado no meu instituto, mas quem sabe um dia não fico perto de vocês (jornalistas). Olha que estão me convidando.

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