PUBLICIDADE
Logo do Corinthians

Corinthians

Favoritar Time

Sete motivos para entender a crise do Corinthians na temporada

Equipe está há sete jogos sem vencer no Brasileirão e corre risco de ficar fora da Libertadores 2020

31 out 2019 - 11h26
(atualizado às 16h08)
Compartilhar
Exibir comentários

O Corinthians vive sua maior crise sob o comando do técnico Fábio Carille. A derrota para o CSA fora de casa foi a gota d'água para muitos torcedores. O time está há sete partidas sem vencer no Campeonato Brasileiro e corre risco de ficar fora da Libertadores na próxima temporada. O desempenho ruim tirou o clube da quarta colocação do torneio e o mandou para o sétimo lugar na tabela, com 45 pontos, a dois de retornar ao G-6.

O Estado selecionou sete motivos que explicam a queda de rendimento da equipe corintiana na reta final da temporada. Os problemas vão da falta de organização da diretoria à apatia dos jogadores em campo. O mais recente exemplo foi o desempenho pífio na derrota para o CSA por 2 a 1 em Maceió quarta-feira. Torcedores tentaram "conversar" com os jogadores no hotel e muros foram pichados no clube.

1 - Dificuldade financeira

O déficit anual passa dos R$ 100 milhões, sem contar a dívida para pagar a arena. A Caixa Econômica Federal cobra o valor de R$ 536 milhões referentes ao financiamento que não está sendo pago desde março - há ainda um valor milionário a ser pago para a Odebrecht.

2 - Confusão nos bastidores

A desorganização financeira, os problemas na Justiça contribuem para tumultuar o ambiente no clube. O fato de o Corinthians acumular dívidas, de certa maneira, contribuí para a permanência de Fábio Carille no comando da equipe. Sem dinheiro, o clube não tem como pagar a multa rescisória milionária ao treinador e também tem dificuldades para trazer um substituto de nome.

3 - Elenco limitado

O Corinthians surpreendeu no início da temporada ao conquistar o tricampeonato paulista. O elenco modesto ganhou na base do futebol defensivo e da objetividade no contra-ataque. O problema é que jogadores importantes como Jadson, Cássio e Fagner caíram de produção na reta final da temporada. Outros como Danilo Avelar, Clayson e Gustagol viveram boa fase no início do ano, mas voltaram a apresentar o futebol de sempre no segundo semestre.

4 - Excessiva preocupação em se defender

O esquema tático de Carille também ficou conhecido entre as outras equipes. Os adversários passaram a pressionar mais a saída de bola do Corinthians e também a evitar cometer faltas que pudessem resultar em bolas alçadas na área. O lado direito com Pedrinho e Fagner, único setor criativo alvinegro, também passou a ser mais vigiado.

5 - Falha nas contratações

A busca por reforços caminha, mas caminha lentamente. No início do mês, o clube acertou com o atacante Matheus Davó, de 20 anos, que defende o Guarani na Série B. A atual temporada mostra que apostar em jovens não será suficiente para poder brigar de igual para igual com Flamengo e Palmeiras. O time não tem um lateral-esquerdo em condições de ser titular. Danilo Avelar e Carlos Augusto demonstraram em inúmeras oportunidades a falta de qualidade técnica. A camisa 9 alvinegra também procura um dono. Gustagol deixou há tempos de justificar seu apelido e Boselli e o treinador parecem não se entender muito bem.

6 - Pressão dos torcedores

Torcedores do Corinthians tentaram invadir o hotel em Maceió onde a delegação estava hospedada horas após a derrota para o CSA por 2 a 1 pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em São Paulo, os muros do Parque São Jorge foram pichados cobrando jogadores e diretoria pela sequência de sete jogos sem vitória e pedindo a saída do técnico Fábio Carille.

7 - Apatia dos jogadores

A pressão por resultados, a queda na tabela e a ameaça de ficar fora da Libertadores na próxima temporada parecem ter paralisado os jogadores. O presidente Andrés Sanchez reclamou da apatia dos atletas em campo após a derrota para o CSA por 2 a 1 e pediu aos incomodados que deixem o clube. "Já vi time perder, mas se entregar não pode, está apático. Quem quiser sair de férias já pode. Todo mundo tem culpa, mas quando ganha ou perde quem joga tem culpa. Não pode ficar neste marasmo", disse.

Estadão
Compartilhar
Publicidade
Publicidade