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Romero fica na mão de empresários para renovar com o Corinthians

12 fev 2019 - 06h09
(atualizado às 06h09)
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Depois de ser visto como carta fora do baralho no Corinthians, Romero está muito perto de entrar em acordo com a diretoria alvinegra para renovar seu contrato. A Gazeta Esportiva apurou que no início da última semana o clube fez uma nova oferta ao atacante paraguaio, e a resposta foi positiva. Romero está disposto a estender seu vínculo, que tem prazo de vencimento para julho, dentro das condições apresentadas recentemente.

Romero ganha em dólar. Convertendo para a moeda brasileira, a proposta corintiana consiste em pagar R$ 430 mil por mês ao atleta, o que representa um acréscimo de aproximadamente R$ 15 mil em relação ao seu atual salário.

A questão salarial, porém, nunca foi problema, mas, o valor pedido de luvas, uma espécie de prêmio pela assinatura do novo contrato, foi o que afastou as partes envolvidas.

O compromisso bem-visto pelas partes agora é de que o Corinthians assuma o pagamento de cerca de R$ 45 mil por mês para encerrar essa questão referente às luvas.

A princípio, o Corinthians pretendia uma renovação por dois anos. Entretanto, a tendência é de que o desejo de Romero nesse quesito seja atendido. O novo contrato deverá valer até o fim de 2021.

O imbróglio se instaura porque o paraguaio também tem contrato com seus representantes. Ou seja, não basta o "sim" do jogador para o acordo ser selado. A OTB, empresa que representa Romero nas negociações, é conhecida no mercado por 'jogar duro' e não está disposta a diminuir o valor de sua comissão nesse caso para facilitar a renovação.

O clima não é dos melhores nesse momento entre a OTB e seu cliente. Romero está mais maleável, enquanto seus empresários não esmorecem. Tudo isso tem chateado o jogador, que por vezes se vê de mãos atadas. Até mesmo sobre a redução das luvas Romero deve de se indispor com seus agentes.

Muitos fatores foram importantes para essa reaproximação entre Corinthians e Romero depois de momentos de distanciamento e divergências.

O jogador, afastado por opção do clube desde o início da temporada justamente pela falta de entendimento nas tratativas, chegou externar sua irritação em reunião com o diretor de futebol corintiano, Duílio Monteiro Alves, e seu empresário, Bruno Paiva.

Nesse meio tempo, Romero não recebeu nenhuma proposta de times europeus, lugar para onde toparia se transferir, rechaçou sondagens asiáticas e não encontrou clubes sul-americanos com disposição para bancar seu custo.

Apesar de reiterar seu profissionalismo diariamente, treinando sério no CT Joaquim Grava mesmo ciente de que não pode ser utilizado por Fábio Carille, Romero percebeu que assim também se distanciaria da chance de jogar a Copa América por sua seleção no meio do ano.

O jogador, então, cedeu diante também do esforço do Corinthians. Somado a isso, pesa o fato de Romero ter uma ligação muito forte com o clube. Ficar nunca deixou de ser uma prioridade para o jogador, que por pouco não foi envolvido em uma troca com Luan, do Atlético-MG. O camisa 11, inclusive, segue indo aos jogos para assistir e torcer pela equipe dos camarotes.

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Entretanto, o paraguaio entende que merece receber o aumento salarial. Em seu quarto ano no Timão, o atacante de 26 anos é o artilheiro da Arena Corinthians com 27 gols e foi quatro vezes campeão pelo clube: Brasileiro (2015 e 2017) e Paulista (2017 e 2018). Ao todo, são 222 jogos e 38 gols.

A chegada de jogadores sem identificação com o Corinthians ou com histórias inferiores a de Romero com a camisa alvinegra condicionadas a altos salários, como os casos de Manoel, Júnior Urso, Vagner Love e Mauro Boselli, reforçaram a tese do atacante por uma valorização.

No cenário mais otimista, depois de chegar a um acordo com Romero sobre salário e luvas e com a OTB em relação a comissão, o Corinthians ainda terá outra pendência a resolver.

Afinal, o clube recebeu Romero em 2014 e até agora não desembolsou nada. À época, o Corinthians se comprometeu a ressarcir o empresário Beto Rappa ao fim do vínculo do atleta (julho desse ano), caso o jogador não fosse vendido.

Beto Rappa pagou 3 milhões de dólares (R$ 6,7 milhões, na ocasião) para tirar Romero do Cerro Porteño-PAR. Com o valor corrigido, como prevê o contrato, o Corinthians deve pouco mais de $ 11 milhões ao empresário.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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