Na semi, Corinthians pega Santos, Universidad ou Libertad
Na semi, Corinthians pega Santos, Universidad ou Libertad
24 mai2012 - 07h00
(atualizado às 08h55)
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Classificado à semifinal da Copa Libertadores ao derrotar o Vasco por 1 a 0, na noite de quarta-feira, o Corinthians conhece nesta quinta seu adversário. Há três possibilidades: Santos, Universidad de Chile ou o paraguaio Libertad.
Será o Santos se a equipe brasileira eliminar o Vélez Sarsfield a partir de 20 horas (de Brasília), na Vila Belmiro - depois de ter perdido o jogo de ida por 1 a 0, o time de Muricy Ramalho precisa vencer para avançar desta fase.
Em caso de classificação do time da Argentina, o oponente do Corinthians será o vencedor do duelo entre Universidad de Chile e Libertad, marcado para as 22h30 - o primeiro jogo terminou 1 a 1, no Paraguai. A razão disso é que, como o também argentino Boca Juniors derrubou o Fluminense, o chaveamento seria alterado para evitar final com dois clubes do mesmo país. Perguntado sobre os possíveis rivais logo após o triunfo por 1 a 0 sobre o Vasco, o técnico do Corinthians garantiu que havia pensado apenas na preparação do compromisso das quartas de final do torneio. Contudo, quando avisado da cirurgia a que será submetido o santista Paulo Henrique Ganso, Tite desejou pronta recuperação ao meia até para um eventual confronto.
"Vencer por causa de um adversário machucado, eu não quero. Torço para que ele se recupere, que volte com o mesmo futebol de antes da cirurgia. A gente tem que ganhar sendo o melhor, se impondo", disse o comandante corintiano, que vai assistir aos dois confrontos desta noite.
O Corinthians é o único invicto da competição, tendo somado até aqui seis vitórias e quatro empates da fase de grupos até as quartas. Com a queda do Fluminense, o time alvinegro é o dono da melhor campanha desta edição e decidirá todas os jogos de volta como mandante.
Imagine reviver um típico dia de adolescente assim, já na vida adulta, beirando os 51 anos, lá com seus cabelos brancos e experiência de sobra nas costas. Aí você se manda para a arquibancada de um jogo de futebol, se junta a um bando de loucos e vê seu time vencer heroicamente com um gol nos minutos finais e se classificar às semifinais de um torneio importante?
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Foi exatamente assim que se sentiu o técnico Tite nesta quarta-feira, durante emocionante vitória do Corinthians por 1 a 0 contra o Vasco, pela Copa Libertadores
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
"Hoje vivi o outro lado, pude remeter ao lado de adolescente que vai a campo, assiste e vibra junto, participa junto. Mas eu não deveria estar ali, tenho essa consciência, vou procurar não falar mais com o árbitro. Me trouxe responsabilidade grande, talvez fossemos merecedores", disse o treinador corintiano, que recebeu cartão vermelho e teve que ver a partida da plateia
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
xpulso aos 11min do confronto por reclamação com o árbitro, o treinador se viu sem alternativa senão a de se mandar às arquibancadas para acompanhar o restante do duelo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Desesperado, já que o até então empate sem gols levava a decisão para os pênaltis, o comandante passou a usar de artimanhas inusitadas para conseguir instruir sua equipe rumo a um triunfo inabalável
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Teve de tudo na "saga" de Tite pelas arquibancadas do Pacaembu. Gandula como pombo-correio - o técnico mandava um dos pegadores de bola ir chamar os jogadores com quem gostaria de conversar -, gerente de futebol atuando como segurança - era Edu Gaspar, que ficou ao lado do técnico -, jogador escalando o alambrado para comemorar com ele - era Paulinho, o herói da noite - e até um torcedor querendo dar um "celular fajuto" para auxiliá-lo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Um torcedor me deu o celular, e eu achei que era para tentar ligar para o pessoal do banco. Eu peguei o celular, comecei a falar e ele disse: 'não, só estou marcando o tempo de jogo para você'. Não dava nem para falar naquilo direito", declarou Tite, já tranquilo acomodado em sua poltrona de onde geralmente concede entrevista no Pacaembu
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Instalado em uma das grades do setor das numeradas do Pacaembu após a expulsão, Tite foi rodeado por torcedores e passou a comandar a equipe dali mesmo
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Mandou chamar Willian, que queria na vaga de Jorge Henrique, e Liedson, que mandou substituir Emerson
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Conversou olhos nos olhos com ambos, disse o que queria e seguiu ali, em meio aos corintianos
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
"Chamei ali do lado e falei Willian, o corredor direito bem aberto porque daqui a pouco você participa menos, mas vai ser mais efetivo. A engrenagem da equipe se manteve, e em momentos de pressão você repete aquilo que treinou, aquilo que joga, e aí vai. Eu só olhava para o olho do Willian e do Liedson, aí eles balançavam a cabeça dizendo que entenderam. Fui na grade e nos falamos, foi como deu", relembrou o treinador
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Após 87 minutos de tensão no Pacaembu, eis que Tite pode enfim explodir em alegria com um grito de gol. Era de Paulinho, o da classificação corintiana nos instantes finais
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Como um adolescente, o treinador se misturou aos demais 35.974 pagantes nas arquibancadas do Pacaembu e festejou
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Abraçou, pulou, cantou, gritou...
Foto: Ricardo Matsukawa / Terra
Parecia mais um "louco do bando", ou só mais um singelo torcedor no Pacaembu