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Multa rescisória de Fábio Carille no Corinthians não tem valor fixo

17 out 2019 - 19h37
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Fábio Carille chegou ao Corinthians no início da temporada e assinou contrato com validade de dois anos, ou seja, até dezembro de 2020. A Gazeta Esportiva apurou que a multa rescisória prevista no acordo é de R$ 6 milhões, mas não é fixa.

O valor cai de acordo com a proximidade do vencimento. Quanto menos tempo de vínculo a cumprir, menor é o valor da multa. É certo dizer, então, que na situação de Carille deixar o Corinthians agora, seja por demissão ou por oferta de outro clube, ninguém teria de arcar exatamente com R$ 6 milhões.

Uma conta básica revela que se a redução periódica for de R$ 250 mil por mês, os R$ 6 milhões se diluiriam ao longo dos 24 meses, tempo total do contrato. Nesse cenário hipotético, hoje a multa rescisória estaria na casa dos R$ 3,5 milhões.

Fábio Carille já foi procurado pelos árabes do Al-Hilal e pelos chineses do Tianjin Teda FC nesse ano. Nenhuma negociação avançou, o que não impediu a irritação de Andrés Sanchez, presidente corintiano, com a recorrência do assunto. Internamente, o prestígio e a confiança no técnico já foram maiores.

A diretoria do Corinthians tem tentado passar respaldo a Fábio Carille em meio ao momento de instabilidade e pressão. Mais até do que a falta de desempenho em campo, a postura adotada pelo técnico nas últimas semanas não caiu bem internamente, principalmente entre dirigentes do clube.

A reportagem também apurou que, a princípio, a cúpula alvinegra ainda tem intenção de que Carille seja o técnico para a próxima temporada. Há a opinião de que a instabilidade faz parte do desenvolvimento de alguém que não exerce a função há sequer três anos e, talvez, precise até de auxílio para evoluir profissionalmente.

Entretanto, a gestão de grupo e os próximos jogos vão falar alto na avaliação. Se há pouco tempo ninguém pensava em outro nome para comandar o time em 2020, agora já há quem admita a possibilidade de uma troca.

É como se Fábio Carille estivesse passando por um momento provação. A gestão do elenco, o comportamento dos jogadores em relação ao técnico e os resultados estão sob análise mais atenta. A capacidade de resgatar o futebol do time também entra nesse pacote.

Os dirigentes corintianos querem que Carille os convença de que ele ainda é a melhor opção para o clube e de que vai vale a pena suportar a pressão externa de críticos e torcedores, algo sempre muito desgastante.

Uma troca antes do término do Campeonato Brasileiro não é descartada, mas, caso nenhum "desastre" aconteça nos próximos jogos, entende-se derrota por goleada, manutenção de sequência longa sem vitórias ou desconexão com o elenco, Carille deve ser mantido no cargo. O apuro no Brasileirão de 2018 e o fato dos técnicos observados estarem todos empregados sustentam essa tese da diretoria corintiana, que pode reavaliar as intenções no período de férias do time.

Na última quarta, ciente da necessidade por uma resposta imediata, Fábio Carille resolveu fazer sete alterações na formação titular do Corinthians. Não surtiu muito efeito. O time arrancou um empate no último minuto do confronto com o Goiás.

O Timão ainda é o quarto colocado no Campeonato Brasileiro, mas não vence há quatro rodadas. Sábado, enfrenta o Cruzeiro e, no fim de semana seguinte, o Santos. Ambos os compromissos na Arena de Itaquera.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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