PUBLICIDADE
Logo do Corinthians

Corinthians

Favoritar Time

MP pede arquivamento de inquérito sobre suposto caso de estupro de Robson Bambu, do Corinthians

Promotor alegou não haver indícios suficientes nem justa causa para levar o caso a julgamento

16 mai 2022 - 14h46
(atualizado às 14h46)
Compartilhar
Exibir comentários

O Ministério Público solicitou o arquivamento do inquérito no suposto caso de estupro de vulnerável envolvendo o zagueiro do Corinthians, Robson Bambu, que teria ocorrido no início de fevereiro.

Bambu soma quatro partidas pelo Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/Corinthians)
Bambu soma quatro partidas pelo Corinthians (Foto: Rodrigo Coca/Corinthians)
Foto: Lance!

De acordo com o promotor do caso, Márcio Takeshi Nakada, não houve indícios suficientes nem justa causa para a deflagração de ação penal contra o atleta e seu amigo, Wellington Ferreira Barros, conhecido como Pezinho. As informações foram publicadas inicialmente pelo 'ge.globo'.

Para fundamentar a manifestação, Márcio elencou as possíveis provas e depoimentos de testemunhas colhidos. Foram ouvidos funcionários da balada e do hotel em que Robson e Pezinho estiveram com a denunciante e uma amiga dela, além do motorista do carro de aplicativo que levou as mulheres embora.

- Ante todo esse contexto probatório, ainda que haja a palavra da vítima, afirmando ter sido abusada sexualmente, os demais elementos probatórios colhidos durante a investigação não se harmonizam com a versão da vítima, seja a primeira ou a segunda versão - declarou Márcio.

- A sua amiga (nome omitido pela reportagem) não presenciou os fatos; apenas ouviu a vítima dizer que fora abusada sexualmente. Nenhuma das testemunhas ouvidas percebeu que a vítima (nome omitido pela reportagem) estivesse embriagada no momento da chegada ao hotel, tendo inclusive sua amiga apresentado versões contraditórias nesse ponto - concluiu o promotor ao ge.globo.

Agora, caberá a um juiz acatar a decisão, ou discordar dela. Nesta segunda opção, os autos serão encaminhados ao procurador geral, que poderá oferecer a denúncia, fazer a indicação de outro promotor ou realizar novamente o pedido de arquivamento do caso.

No início de maio, a delegada responsável pelo caso, Katia Domingues Salvatori, apresentou um relatório onde o atleta não é apontado como autor do crime.

Sobre o caso

No dia 3 de fevereiro a ocorrência que associava Robson Bambu ao crime de estupro foi apresentada por uma mulher de 25 anos, que se apresentava como a vítima.

De acordo com a denunciante, ela estava em uma casa noturna, no bairro do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, com uma amiga, e lá conheceram Robson e um amigo do jogador, cujo o apelido é Pezinho.

Ambas então foram para um hotel com a dupla, a suposta vitima com Pezinho, e a amiga dela com Bambu. No local, todos admitiram inicialmente que mantiveram relação sexual de forma consensual. Porém, a suposta vitima mudou a sua versão posteriormente, dizendo que estava inconsciente no momento do ato.

A mulher foi submetida a um exame toxicológico que não apontou substâncias alcoólicas, ainda que ela tenha admitido a ingestão de alguns copos de vodca. O que foi encontrado foi o registro de canabidiol, principal elemento da maconha. A denunciante disse que fumou um vaper (espécie de cigarro eletrônico), mas não sabia se nele havia a droga.

As divergências principais no depoimento, no entanto, apareceram na manhã seguinte do suposto crime, onde a possível vitima afirmou acordar com Robson sobre ela, introduzindo a mão nas partes íntimas dela. Ainda segundo a versão da mulher, Pezinho estava no mesmo local e via tudo com consentimento.

Robson, contudo, nega que isso tenha acontecido. Segundo o jogador, ele, o amigo, a denunciante e a amiga dela chegaram ao hotel por volta das 6h30, foram para os quartos separados e por volta 10h30 acordou, porque precisava visitar alguns apartamentos - o jogador havia retornado ao Brasil e acertado com o Corinthians dias antes, e ainda procurava um local para residir em São Paulo.

Após duas tentativas de ligação para o quarto de Pezinho e a suposta vítima, que, de acordo com o zagueiro corintiano, não foram atendidas, ele foi até o cômodo, a mulher estava deitada e se irritou ao saber que já era perto das 11h, pois ela tinha um compromisso comercial e havia perdido o horário.

Contudo, de acordo com o Bambu, a confusão começou minutos depois, no quarto do jogador, quando a suposta vitima se exaltou, queria jogar água na amiga para acordar, e foi impedida.

No depoimento, Pelezinho, amigo de Robson Bambu, admitiu que ofereceu ajuda à denunciante, por conta do valor do dia de trabalho perdido, mas que ela teria dito para ele que gostaria de uma boa quantia de dinheiro.

O caso, então, foi levado à justiça pela mulher.

Enquanto a situação não for concluída, o Corinthians não se posicionará em relação ao assunto, mas reitera publicamente que não pactua com qualquer tipo de violência.

Robson Bambu, então, segue treinando e sendo relacionado para partidas normalmente. Até aqui, o jogador tem quatro jogos disputados pelo Timão.

Lance!
Compartilhar
Publicidade
Publicidade