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Corinthians se recusa, pela terceira vez na gestão Duilio, a aceitar pedido de "medalhão"

22 jan 2022 - 05h50
(atualizado às 05h50)
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Duilio Monteiro Alves surpreendeu muita gente ao descartar a contratação de Diego Costa. Mas, na verdade, em pouco mais de um ano e um mês de mandato, essa já foi a terceira vez que o presidente do Corinthians se recusou a aceitar pedidos de alguém com renome no futebol.

Em maio, durante a busca por um sucessor para Vagner Mancini, Duilio não escondeu de ninguém que Renato Gaúcho era o seu "plano A".

Uma proposta foi colocada à mesa, mas o treinador queria mais. O Corinthians, no entanto, não concordou com as condições pretendidas, e Renato preferiu seguir de férias.

O mesmo aconteceu com Diego Aguirre, o segundo técnico procurado pela diretoria corintiana. Novamente, a pedida foi superar a R$ 1 milhão por mês de salário, além de outras contrapartidas.

Independentemente da repercussão e da frustração na expectativa externa que se criou naquele mês, o Timão, de novo, não cedeu, e as conversas foram encerradas sem sucesso.

O pulso firme de Duilio voltou a aparecer na negociação com Diego Costa.

Assim que o centroavante foi oferecido ao Timão, duas condições foram impostas pelo clube: o jogador precisaria conseguir a rescisão com o Atlético-MG, sem a necessidade do pagamento da multa rescisória, e aceitar uma redução salarial.

No Galo, Diego embolsaria cerca de R$ 20 milhões só em 2022 se cumprisse o contrato que havia firmado. O Corinthians nunca cogitou sequer igualar o valor.

Assim que a quebra do vínculo entre Diego Costa e Atlético-MG foi oficializada, Duilio sentou com seus pares para entender qual poderia ser o limite do clube na negociação.

O Corinthians não chegou a enviar uma proposta oficial, mas informou ao representante do atleta o que poderia oferecer, e que, obviamente, tinha o interesse na contratação.

Após alguns dias, os dirigentes alvinegros tomaram conhecimento que Diego esperava por números mais altos. Foi, então, quando Duilio decidiu, pela terceira vez em pouco mais de um ano, não abrir uma exceção.

"Querer jogar no Corinthians com salário de Arábia é não quer jogar aqui. Estamos na nossa economia, nosso câmbio, com o Real, infelizmente, desvalorizado", explicou Duilio Monteiro Alves ao justificar sua posição.

Atualmente, o Corinthians tem uma folha salarial de aproximadamente R$ 14 milhões, equivalente a 63% da receita gerada pelo futebol do clube. A marca é muito parecida com o que se tinha em dezembro de 2020, quando a equipe carecia de jogadores de alto nível e ocupava o meio da tabela no Campeonato Brasileiro.

Para contratar um centroavante, o Corinthians terá o apoio financeiro de um patrocinador, que pretende explorar a imagem do eventual reforço e, por isso, também precisa concordar com o nome da eventual escolha.

O Corinthians tem até abril para encontrar esse camisa 9 a tempo de inscrevê-lo na primeira fase da Copa Libertadores da América. Mesmo assim, Duilio demonstra que não se deixará levar pela emoção, e promete ser calculista na decisão que tiver de tomar.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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