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Conselho de Ética do Corinthians arquiva denúncia de machismo contra conselheiro

19 jan 2022 - 18h41
(atualizado às 18h41)
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O Conselho de Ética do Corinthians decidiu pelo arquivamento da denúncia de machismo e crime de misoginia feito pela conselheira Analu Tomé contra o conselheiro vitalício Manoel Ramos Evangelista, conhecido como Mané da Carne, em novembro do ano passado. O relator do arquivamento foi o conselheiro Carlos Roberto Elias.

Na ocasião, a conselheira publicou em sua própria conta do Twitter um comentário de Evangelista direcionado a ela durante uma conversa em um grupo de WhatsApp. Ele classificou como "bobagens" o que ela mandava nas mensagens e disse para "arrumar um tanque de roupa para se divertir".

Analu Tomé postou a mensagem polêmica de Mané da Carne em sua conta no Twitter (Foto: Reprodução)
Analu Tomé postou a mensagem polêmica de Mané da Carne em sua conta no Twitter (Foto: Reprodução)
Foto: Gazeta Esportiva

A mensagem gerou polêmica por seu conteúdo machista, e o pedido de Analu, no documento a que a Gazeta Esportiva teve acesso, era a "adoção de providências com a finalidade de cessar tais reprováveis condutas", relembrando algumas ações do próprio clube, como o "#respeitaasminas".

Além disso, é citado que Mané da Carne foi acusado de fazer apologia à violência contra a mulher e desqualificar a Lei Maria da Penha. O arquivamento aconteceu em 21 de dezembro de 2021 e veio à tona nesta quarta-feira.

Apesar de uma parte histórica mostrando as situações sofridas pelas mulheres em relação ao machismo, o Conselho de Ética afirma, no documento, que "em face da Lei 13.642/2018, a qual, simplesmente transfere à Polícia Federal a atribuição de investigar os crimes praticados na internet que tenham conteúdo misógino" e que "infelizmente, em que pese a narrativa das representações, foge a competência desta Comissão de Ética e Disciplina o atendimento aos requerimentos formulados". Ainda, o documento diz que compete à Comissão "determinar o imediato arquivamento da proposta".

Isso significa, portanto, que o Conselho acredita que só pode julgar e punir situações que aconteçam dentro do Corinthians, não fora de suas dependências, como em um grupo de WhatsApp não oficial, ainda que seja de conselheiros do clube. É possível recorrer da decisão.

Relembre o caso: 

Conselheira do Corinthians revela ataque machista de colega: "Vai arrumar um tanque de roupa"

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Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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