Carille reconhece "início brilhante", mas descarta rótulo inovador em Sampaoli

No próximo domingo, Corinthians e Santos se enfrentam na Arena de Itaquera, pela 10ª rodada do Campeonato Paulista, em um confronto que coloca frente a frente dois dos melhores treinadores do futebol brasileiro: Fábio Carille e Jorge Sampaoli. E antes da partida, do lado do comandante do Alvinegro do Parque São Jorge, o discurso é de respeito, admiração e reconhecimento pelo início de trabalho do argentino à frente do Peixe.

Nesta sexta-feira, em sua entrevista coletiva, Carille exaltou o trabalho de Sampaoli, disse ver o técnico diferente dos demais e com um estilo que, possivelmente, 5% dos treinadores possuem. Ainda assim, fez questão de voltar a rechaçar o rótulo de "inovador", lembrando dos trabalhos de Fernando Diniz, atualmente no Fluminense, mas com passagens pelo Audax, vice-campeão Paulista em 2016.

Notícias relacionadas

Corinthians x Atlético-MG: onde assistir, escalações e arbitragem

Em jogo truncado, Corinthians e Atlético empatam na Neo Química

Santos x Corinthians (feminino): Onde assistir, escalações, arbitragem

"Desde o início, sempre quando chega um treinador estrangeiro, fica aquela dúvida. Eu, particularmente, sempre defendi e protegi o profissional, e não a nacionalidade. O Sampaoli fez um grande trabalho na Universidad de Chile, que o credenciou para treinador a seleção do Chile. Lá fez um grande trabalho e foi para uma Copa do Mundo com a Argentina. Não importa se foi bem ou mal, mas tem um peso grande", disse.

"A característica dele [Sampaoli], acredito que não tem 5% no mundo que faça o que ele faz. Algumas coisas que incomodam é que boa parte da imprensa fala dele como inovação. Claro que é um trabalho a ser exaltado, com início brilhante, mas acho falta de respeito com o que o Fernando Diniz fez, por exemplo. Em uma final ele tirou o Palmeiras, tirou o Corinthians e jogou melhor que o Santos para mim", completou Carille.

Para o clássico contra o Santos, o treinador do Corinthians terá decisões a tomar. Uma delas, não revelada na coletiva, é quanto a formação e ao time que irá a campo. Entre as peças, a dúvida fica pela utilização de Clayson ou Vagner Love, com a escolha ficando dependente do esquema. Se confirmada a tendência dos treinos, o time deve ter: Cássio; Fagner, Manoel, Henrique e Danilo Avelar; Ralf, Júnior Urso e Sornoza; Pedrinho, Clayson e Boselli.