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Carille cutuca imprensa e Sampaoli e diz como superar Santos

Treinador do Corinthians exalta bom futebol do rival em 2019, mas pondera que estilo não é inovador na carreira do argentino e no Brasil

8 mar 2019 - 14h22
(atualizado às 14h43)
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O argentino Jorge Sampaoli foi motivo de bastante debate na coletiva de imprensa do técnico Fábio Carille, do Corinthians, nesta sexta-feira (8), no CT Joaquim Grava. O treinador alvinegro falou não só sobre como sua equipe pretende se comportar no clássico deste domingo, mas também elogiou o trabalho do estrangeiro - não sem fazer críticas ao que acredita ser um excesso de elogios ao trabalho do argentino.

O técnico Fábio Carille, do Corinthians, na partida contra o Avenida, válida pela segunda fase da Copa do Brasil 2019, na Arena Corinthians
O técnico Fábio Carille, do Corinthians, na partida contra o Avenida, válida pela segunda fase da Copa do Brasil 2019, na Arena Corinthians
Foto: J.F.DIORIO / Estadão Conteúdo

"Estrangeiro ou não, sempre protegi o profissional quando chega um técnico novo. Não é nacionalidade. Sampaoli fez um trabalho excelente na Universidad de Chile, na seleção do Chile e foi para uma Copa do Mundo com a Argentina. Se foi bem ou mal, não importa. O peso é grande. Não deve ter 5% que faça o que ele faz", disse Carille.

Em seguida, o técnico aproveitou para confessar que se sente icomodado com o tratamento da imprensa ao argentino: "Algumas coisas que incomodam é que boa parte da imprensa trata como inovação. É um trabalho de início brilhante, mas é falta de respeito com o Fernando Diniz tratar como inovação. Fez uma final brilhante (contra o Santos, em 2016), jogando melhor (que o Santos). As ideias são semelhantes. Diniz é meu amigo, não sei se é referência para ele, mas se assemelha muito. É um trabalho para ser exaltado", elogiou.

Carille tem observado Sampaoli no Santos e sabe como joga o time da Baixada Santista. Com todo o planejamento para o clássico na cabeça, deu algumas pistas de como pretende fazer para sair vitorioso. Com um estilo bem diferente do argentino, não nega que pode esperar ser agredido para apostar nos contra-ataques, já que o Santos costuma atuar com uma linha alta de defesa.

"Hoje vejo o Santos na transição. É uma linha alta mais treinada. As ideias você não muda. Temos que ser agudos, nos preocupar, bloquear o sistema defensivo. Santos é uma equipe que joga para frente e dá espaço para o contra-ataque. são estilos de jogo. Temos de cuidar de tudo. O que passo para os jogadores é que todos jogam com a bola e marcam sem ela", analisou, e prosseguiu:

Carille comandou penúltimo treino antes do clássico contra o Santos nesta quinta (Foto: Ana Canhedo/Lancepress!)
Carille comandou penúltimo treino antes do clássico contra o Santos nesta quinta (Foto: Ana Canhedo/Lancepress!)
Foto: LANCE!

"Claro que, com a forma que eu jogar, eu venho um pouco mais para trás, conforme as peças que coloco. Ou então coloco mais no campo deles. O jogo mostrará muito como vai ser. Pode ser que ele também espere (para ser agredido) e deixe nossos zagueiros com a bola, sem ter um camisa 9 de referência, com o Cueva, por exemplo, para apostar nos contra-ataques. Os primeiros minutos de jogo vão mostrar como vai ser", afirmou.

MAIS DA ENTREVISTA COLETIVA DE FÁBIO CARILLE:

Característica do Santos

A situação do losango que ele usa, ele não tem o 9. Fiz algumas vezes em 2018, trazendo Jadson ou Rodriguinho flutuando. Lembro que o Palmeiras de 2015 com Oswaldo ganhou um jogo na arena fazendo isso também. São situações interessantes. Não sei o que ele pensa, pode vir com dois de velocidade, com Cueva e Jean Motta sem ter um 9, são formas de jogar. De acordo com adversário, tira uma peça ou outra.

Semana especial por ser clássico

Tenho como experiência ser técnico do Corinthians, mas são os jogos que você trabalha menos. O jogo já é motivante. Mesmo antes do jogo do Santos de ontem, desde segunda estamos falando do clássico. São gostosos, envolvem, mexem com a imprensa, torcedor e jogadores. É muito gostoso.

Mais sobre Sampaoli

Eu sei, nós sabemos como eles jogam, não sei como é a preparação de trabalho para isso. São ideias, que dão certo ou não, depende das peças, no Chile funcionou, na Argentina não, teve no Sevilla não sei se foi bem. Estamos analisando os jogos deles, normal, como analisam o nosso. Para saber explorar os problemas deles sem a bola. Ele traz os pontas para dentro para preencher a linha de quatro, mesmas ideias do Diniz. Para criar superioridade pelo meio. Quando roubarem a bola, precisamos ficar atentos com o perde e ganha, pois jogam parecido com o Barcelona do Guardiola.

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