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Andrés admite dívida e diz: "Não vão tomar nada da gente"

Presidente do Corinthians se mostra indignado com postura do banco e promete resolver dívidas do estádio

13 set 2019 - 12h53
(atualizado às 13h22)
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Foto: Peter Leone/O Fotográfico / Gazeta Press

O presidente do Corinthians Andrés Sanchez estava bem humorado para explicar a dívida de R$ 450 milhões que o clube tem com a Caixa Econômica Federal refrente ao seu estádio, construído em 2014. Fez algumas brincadeitas sem se recusar a respostas a todas as perguntas. Frisou que o Corinthians deve apenas para a Caixa, e que todos os outros credores estão sendo pagos.

O mandatário corintiano se mostrou indignado com a atitude da Caixa Econômica Federal, admitiu que o clube deve dois meses de parcelas do financiamento e aproveitou para mostrar a assinatura de um contrato com a Odebrecht formalizando o acordo de valores que até então estavam em aberto.

"Pelo amor de Deus, só devemos para a Caixa. O Corinthians só deve para a Caixa", enfatizou Andrés. "Fomos pegos de surpresa e estamos indignados como o que aconteceu. Vamos responder a notificação na semana que vem. Juridicamente vocês vão saber o que será respondido", prosseguiu. Foi a primeira vez que ele falou da dívida cobrada.

Na quinta-feira, o Corinthians emitiu nota para informar que recebeu notificação extrajudicial da Caixa de uma execução referente ao valor total da dívida do financiamento da Arena em Itaquera. Andrés informou que pelas contas do clube a dívida com a Caixa é de R$ 470 milhões. O banco calcula que ainda faltam ser pagos R$ 520 milhões. Há, pontanto, uma diferença nos valores. O presidente tratou de tranquilizar também o corintiano. "O torcedor corintiano pode ficar tranquilo. Não vão tomar nada da gente, não estamos deixando de pagar e não perdermos o estádio."

Andrés Sanchez voltou a enfatizar, assim como a nota emitida na quinta-feira, que havia verbalizado um novo acordo para pagamento do estádio. Nele, o Corinthians honraria parcelas no valor de R$ 5,7 milhões durante oito meses do ano, de março a outubro, e nos quatro outros meses, por ter menos jogos no calendário, desembolsaria R$ 2,5 milhões.

"Estávamos cumprindo isso, com o que foi apalavrado. Se esse acordo estiver sendo considerado, estamos devendo dois meses (referente ao período da Copa América). Se não, estamos devendo desde março. O Corinthians deve e vai pagar. Mas tem de chamar a Caixa. Vamos responder juridicamente", comentou.

O problema é que o acordo verbal havia sido feito com a gestão anterior da Caixa. A nova diretoria assumiu recentemente e, pela notificação, mudou a postura. Como não havia documentos assinados, a Caixa mudou a forma do jogo. Andrés prefere acreditar ainda que não existe uma perseguição política, já que todo acordo costurado havia sido feito no período em que o PT estava no poder. Andrés foi deputado dela leganda.

"Não quero acreditar nisso. Estamos falando com a Caixa Econômica Federal, uma instituição séria. O Corinthians nunca deixou de conversar. Desde que assumi, pagamos quase R$ 80 milhões. No total já foram pagos R$ 170 milhões. Estamos pagando e cumprindo o que combinamos", afirmou.

ODEBRECHT

Andrés também mostrou um contrato assinado com a Odebrecht. Para a construtora, o Corinthians repassa o dinheiro arrecadado com os CIDs (Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento). CIDs são papéis emitidos pela Prefeitura de São Paulo no valor inicial de R$ 420 milhões. Além disso, em agosto, o presidente havia dito que o clube pagaria mais R$ 160 milhões a Odebrecht.

Na entrevista, não ficou claro se esse contrato era referente a esse valor extra. Questionado sobre o assunto, ele voltou a repetir. "Só devemos para a Caixa. Caixa. Caixa. Coloquem isso na cabeça. Nossa dívida é só com a Caixa."

 
Estadão
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