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Com Bindilatti como porta-bandeira, abertura terá sensação térmica de -10ºC

8 fev 2018 - 16h20
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Apenas o calor da Cerimônia de Abertura das Olimpíadas de Inverno de PyeongChang 2018, na Coreia do Sul, pode amenizar a sensação térmica de -10ºC prevista para o evento, que acontece nessa sexta-feira, às 20h no horário local (9h no horário de Brasília). Apesar das baixas temperaturas, Edson Bindilatti, atleta do bobsled, sabe que terá um desafio ainda maior do que superar o frio na ocasião: carregar a bandeira brasileira frente aos outros nove atletas que representarão o verde e amarelo na disputa.

"O sonho de qualquer atleta de alto rendimento é representar o Brasil em uma olimpíada. Além de conseguir isso, ser convidado para carregar a bandeira do seu país na Cerimônia de Abertura não tem preço", afirmou Edson Bindilatti à Gazeta Esportiva.

O Brasil será o 33º país a desfilar na cerimônia. A definição da ordem de entrada das equipes se deu através do alfabeto coreano. Porta-bandeira, Bindilatti é o mais experiente da equipe nacional de bobsled. O atleta já soma participações nos jogos de Salt Lake City 2002, Turim 2006 e Sochi 2014. Essa, entretanto, é a primeira vez carregando a bandeira do Brasil em uma abertura. "É uma coisa que, para mim, estava muito distante, sempre tive o sonho, mas nunca pensei que teria essa oportunidade um dia", destacou Bindilatti.

Para o atleta, que estreia na disputa no próximo dia 17, levar a bandeira traz também grandes responsabilidades. "É uma forma da gente mostrar um pouco do esporte de inverno, de levar um pouco de alegria para o nosso país que está passando por tantas dificuldades. Enquanto eu puder somar um pouco para trazer alegria para o povo brasileiro, eu fico feliz. A expectativa é gigantesca".

Baixas temperaturas

Os organizadores dos Jogos disponibilizarão 35 mil kits contra o frio que atingirá o condado de PyeongChang, localizado na província de Gangwon, no nordeste da Coreia do Sul, nessa sexta-feira. Segundo Matheus Figueiredo, presidente da Confederação Brasileira de Desportos no gelo, apesar de estarem acostumados com baixas temperaturas, os dez atletas representantes do Brasil podem estranhar o clima coreano. "A pior parte é a sensação térmica. E não está um frio só para nós, está para todos", destaca. "A gente nunca viu um frio tão forte como aqui, porque tem muito vento e a umidade do ar é muito alta, o que potencializa a sensação", explica o dirigente.

Isabel Clark, representante do verde e amarelo no snowboard, acredita que a temperatura não impactará diretamente o resultado dos brasileiros, "A cerimônia de abertura é que vai ser mais incomoda, com mais frio, com certeza", destacou a atleta. "A gente tem que se abrigar mais, mas estamos acostumados a competir, pegamos todo tipo de temperatura. O frio pode gerar um desconforto, mas a neve, por exemplo, se mantém melhor", ressalta.

Os brasileiros estreiam na disputa na próxima quinta-feira, com a esquiadora Jaqueline Mourão. Em sua quarta olimpíada de inverno consecutiva, a atleta fará a prova de 10km estilo livre de cross country. "A preparação aqui está bastante legal, estou quase aclimatada com o horário e com o frio também. Já fizemos três treinos na pista e o percurso é bastante duro, com subidas inclinadas", destacou Jaqueline.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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