CAPA ESPORTES
 Últimas
 Resultados
 Esportes TV
 Esportes Show
 Imagem
 Papel de Parede
 Calendário 2001
 Notícias por e-mail
 Chance de gol
 Futebol
 Fórmula 1
 Automobilismo
 Tênis
 Basquete
 Vôlei
 Surfe
 Aventura
 Mais esportes
 Colunistas
 Especiais
 Fale com a gente



 Compras



Fernando Santos
Quinta-feira, 04 Outubro de 2001, 16h28
terraesportes@terra.com.br

‘Eu voltarei’


A frase acima pode parecer um plágio de Michael Jordan. Mas, não. É da jogadora Karina, que mais uma vez envia mensagem a esta coluna. Peço permissão ao internauta para insistir no assunto: ela é uma das atletas mais importantes do basquete feminino brasileiro, e ao mesmo tempo representa o mais fiel retrato da situação crítica em que se encontra.

Sem clube, sem emprego, sem futuro definido. Assim está Karina, como muitas outras. Ela cita em sua última mensagem a situação de Marta, Zaine, do técnico Borracha, todos desamparados. Isso, com o esporte que conquistou medalhas nas duas últimas Olimpíadas.

Ela revela ainda que vive neste abandono em razão das críticas desferidas contra a Confederação Brasileira de Basquete e a Federação Paulista. Cito, a seguir, o relato da jogadora: "Sei que incomodo muita gente na Federação e na CBB. Digamos que toda pessoa que questiona nossas entidades não é bem vista. Quem sabe é porque sou formada na Fundação Getúlio Vargas em Administração Esportiva e profissionalismo não tem lugar em nosso tão querido esporte????!!!!!!!!! Mas a vida continua. Sei que ainda voltarei a estar no meio do esporte. Não sei se como jogadora, empresária ou política preocupada com esporte. O que e certo e que VOLTAREI !!!!!"

Se não bastasse isso, o Brasil está, no momento, sem a sua principal jogadora em atividade. A ala Janeth não tem perspectiva de voltar a jogar este ano. Sem clube, e ainda recuperando-se de uma tendinite no joelho, ela já começa a tentar resolver a situação sozinha. Pelo menos duas empresas já foram procuradas pela jogadora, que recebeu a mesma resposta: não.

Talvez Janeth só consiga espaço nos EUA, onde é tratada como rainha. Parece mesmo que o Brasil não sabe reconhecer os seus ídolos. E não é à toa que ela já fala até em se aposentar, pelo menos da seleção, após a Olimpíada de Atenas, em 2004.

Luz no fim do túnel

Se a crise bate à porta do basquete brasileiro, há pelo menos um lugar onde a situação parece ser completamente diferente. É o que revela o internauta César Júnior, de Goiânia. Ele relata que a equipe da Universo tem uma estrutura de causar inveja a muitos clubes da região Sudeste: orçamento de R$ 140 mil mensais, suficiente para ter jogadores como Maury, Marcelão e o norte-americano Kenia.

Pode, realmente, ser uma luz no fim do túnel. Uma luz no coração do Brasil.

 

veja lista das últimas colunas

Coluna do Internauta Wanderley Nogueira Juarez Soares
Marcos Caetano Fernando Santos