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Cesar Cielo analisa carreira e pede mais patrocínio nos esportes

Ambições esportivas e até novos projetos com patrocinadores podem influenciar no futuro do nadador

20 dez 2018 - 12h02
(atualizado às 14h32)
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O nadador Cesar Cielo voltou do Mundial de Piscina Curta em Hangzhou, na China, com duas medalhas no peito e chegou a 19 pódios na carreira em Mundiais, um recorde nacional. Apesar do feito, o atleta do Clube Pinheiros explicou que vai pensar com calma sobre seu futuro nas piscinas e ainda não crava aposentadoria.

"Coloquei como meta ter uma decisão final em janeiro. Sei que não quero sair de perto da piscina. Acabamos de voltar de um Mundial muito especial, estou um pouco empolgado com tudo que aconteceu. Se sentir falta da piscina e do treinamento, se isso acontecer, vai ajudar na minha decisão final", comentou o atleta, em entrevista coletiva nesta quinta-feira, em São Paulo.

O campeão olímpico e recordista mundial lembrou que são vários fatores que vão pesar em sua decisão, como ambições esportivas e até novos projetos com patrocinadores. Em 2019, serão disputados os Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, e o Mundial de Esportes Aquáticos em Gwangju, na Coreia do Sul.

"Não sei onde vou encontrar uma adrenalina parecida com a competição. Não tenho a mesma disposição mental para o dia a dia de treinamento e gosto de fazer as coisas que acredito que tenha de fazer. A parte financeira deve dar uma aquecida em 2019, mas esses últimos anos foram difíceis, raro ver atletas fechando bons acordos. Precisaria de um patrocínio legal para continuar a carreira. Tudo isso vou colocar numa lista, pesar os prós e contra, pensando com minha família", contou.

"Não vou procurar patrocínio para anunciar aposentadoria em fevereiro. Nunca nadei por dinheiro. Essa decisão ela é 100% em cima de desejo e vontade de continuar. Se acreditar que posso mais uma temporada, vou estar dentro da piscina. A questão do patrocínio é com todos os esportes. É uma incerteza que pode atrapalhar o atleta", continuou.

Das 12 medalhas olímpicas que o Pinheiros conquistou nos Jogos, seis vieram da natação. E o único ouro foi com Cielo, que tem uma importância grande atualmente no dia a dia dos treinamentos no clube. "Ter um ídolo perto dos atletas mais novos é um mérito do Pinheiros. Isso representa trocar experiências e serve de inspiração para o pessoal mais novo", disse Breno Correia, destaque do Brasil no Mundial.

Seu companheiro Luiz Altamir, ouro no revezamento 4x200m livre e recordista mundial na prova em piscina curta, concorda. "A convivência com o Cielo é boa. Estar do lado dele vendo ele nadar, estar no Mundial ao lado dele, é uma honra. Tinha visto ele ganhar em Pequim e conviver com ele é sensacional. É bom ter um campeão olímpico e recordista mundial. Falei para ele que vou sentir saudade se ele se aposentar mesmo. É um cara que vejo como ídolo."

Leonardo Santos foi outro atleta que se inspirou em Cielo. "A importância dele é muito grande. Em 2008 foi um ícone e mostrou que é possível chegar lá. Eu chorei do lado da minha mãe quando ele ganhou o ouro olímpico e falei que era isso que eu queria e que iria batalhar para isso. Dezenove medalhas em Mundial não é qualquer coisa", frisou.

Estadão
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