Nesta quarta-feira, a partir das 22h, na Ilha do Retiro, começa a decisão da Copa do Nordeste 2014. Se para o Ceará será a oportunidade de conquistar um título inédito, para o Sport é a oportunidade de pela terceira vez obter a hegemonia na região, já que o time chegou ao título em 1994 e 2000. Mas o favoritismo vem sendo atribuído aos cearenses, apesar de se tratar de um clássico entre dois dos mais tradicionais centros do futebol nordestino.
Eduardo Baptista é um personagem fundamental na história desta Copa do Nordeste. Assumiu interinamente a equipe na quinta rodada da fase de grupos, quando o Sport tinha apenas dois pontos em quatro jogos, e com duas vitórias sobre Náutico e Botafogo-PB conquistou a vaga para as quartas e também a confiança da torcida e da diretoria para continuar o trabalho. Agora, poucos meses depois de trocar a profissão de preparador físico, já disputa seu primeiro título como treinador.
O time do agora técnico Eduardo Baptista chega à decisão de um título que parecia impossível quando o ex-preparador físico do Sport assumiu o comando da equipe. Depois da campanha de recuperação na fase de classificação, o time pernambucano passou pelo CSA nas quartas e pelo Santa Cruz nas semifinais. Já os cearenses tiveram Vitória-BA e América de Natal como adversários no mata-mata.
Eduardo Baptista fez treino secreto para ajustar a equipe do Sport, mas deve entrar em campo com Magrão; Patric, Ferron, Durval, Renê; Ewerton Páscoa, Mancha, Ailton, Danilo; Ananias e Neto Baiano. Além disso, o elenco espera a presença maciça da torcida rubro-negra para fazer a diferença na Ilha do Retiro. Para Eduardo Baptista, "a torcida sem dúvida é a grande arma do Sport hoje. Já disputei algumas finais com o Sport dentro da Ilha do Retiro e sei a força que esses torcedores têm. Tenho certeza que eles vão lotar a Ilha e ser o nosso 12º jogador".
O técnico sabe que o Ceará terá todo o apoio em Fortaleza e por isso acredita que faz sentido fechar o treino e tentar surpreender o adversário na partida da Ilha do Retiro. "Nós tentamos criar umas opções e por isso viemos para o Centro de Treinamento, pois na Ilha do Retiro fica impossível 'fechar' o treino. A gente precisava discutir situações de bolas paradas, posicionamento dentro de campo, entre outras coisas sobre o adversário".