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Teixeira se diz perseguido por Clinton e relata ameaça de Blatter

15 mar 2020 - 18h53
(atualizado às 22h53)
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Ricardo Teixeira, hoje banido do futebol, comandou CBF por 23 anos (Imagem: Reprodução/CNN Brasil)

Afastado da presidência da CBF desde 2012, Ricardo Teixeira hoje mora em um condomínio de luxo no Rio de Janeiro. Aos 72 anos, com aparência frágil e quase 40 quilos mais magro, ele se disse perseguido pelo ex-presidente norte-americano Bill Clinton e relatou ter sido ameaçado por Joseph Blatter, antigo mandatário da Fifa.

Acompanhado pela jovem namorada Daniela, que não revela sua idade, Teixeira concedeu entrevista à CNN Brasil. Com convicção, ele garantiu que Bill Clinton, diretor honorário da candidatura dos Estados Unidos à Copa 2022, passou a persegui-lo pelo voto no Catar durante as eleições realizadas em 2010.

"Eu matei a Copa do Bill Clinton. E eles sabem disso. É vingança e todo mundo diz que o Clinton é muito vingativo", declarou Teixeira. O brasileiro, portanto, entende que o ex-presidente dos Estados Unidos influenciou a Justiça do país a denunciá-lo dentro do esquema Fifagate, em 2015.

Atualmente, para evitar a prisão, Teixeira não viaja a países com acordo de extradição com os Estados Unidos. Segundo ele, Joseph Blatter, então presidente da Fifa, tentou convencê-lo a votar na candidatura norte-americana em detrimento do projeto do Catar.

"Acho que você deve ficar atento, porque tem propriedade nos EUA, sua filha está estudando lá. Você devia ter cuidado. Como é que vai votar no Catar? O que tem o Catar a ver com você?", teria dito Blatter a Teixeira. "Considerei uma ameaça. Olhei com olhar de cascavel para ele e fui lá votar no Catar", contou.

Presidente da CBF de 1989 a 2012, Teixeira ficou irritado ao ser questionado se a renúncia ao cargo teve a ver com as investigações, alegou problemas renais e considerou a pergunta uma "falta de respeito". Ele e seu advogado negaram irregularidades e participação no esquema Fifagate.

"Hoje, quero paz, amor, minha vida, tranquilidade. Fui o presidente da CBF que mais ganhou na história", gabou-se Teixeira, banido do futebol pela Fifa em 2019 e obrigado a pagar uma multa de 1 milhão de francos suíços (R$ 4,2 milhões, na cotação da época).

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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