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Seleção vence Venezuela, mas desajustes coletivos ligam alerta ao projetar disputa do Mundial-2022

Triunfo por 3 a 1 em Caracas não pode 'mascarar' marasmo da etapa inicial e dificuldade da equipe de Tite para reagir diante de adversário frágil

8 out 2021 - 06h31
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Os protocolares três pontos da Seleção Brasileira vieram no 3 a 1 sobre a Venezuela e os 100% de aproveitamento foram mantidos nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Contudo, os comandados de Tite deram em Caracas uma impressão muito forte de desajuste coletivo e repetiram momentos de marasmo que podem custar caro contra rivais de grande porte.

Escalação pensada por Tite não engrenou em Caracas (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Escalação pensada por Tite não engrenou em Caracas (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
Foto: Lance!

Faltou equilíbrio à equipe, em especial no meio de campo. O desejo de deixar Fabinho como cabeça de área e dar mais liberdade para Gerson se aproximar a Paquetá e Everton Ribeiro ficou apenas no papel.

Além da falta de entrosamento, o volante e o jogador do Olympique de Marselha tornavam o meio de campo burocrático e permitiam espaço para Soteldo surpreender em contra-ataques. Não demorou muito para o camisa 10 surgir pela direita e achar Eric Ramírez, que concluiu para a rede após um "escorregão duplo" de Marquinhos e Fabinho.

Tímidos, Danilo e Guilherme Arana pouco agregavam e a criatividade passava ao largo da equipe canarinho. Lucas Paquetá se dedicava, mas Everton Ribeiro era quem se mostrava mais centrado e levava algum perigo à zaga adversária. Paquetá e Gabriel Jesus tiveram seus posicionamentos variados, mas em vão. O placar seguia em branco.

A solução foi apostar, de maneira para lá de arriscada, em cartadas extremamente ofensivas. Everton Ribeiro deu lugar a Raphinha já na volta do intervalo e reconfigurou a equipe. Atuando pela ponta-direita, o estreante trouxe o dinamismo que a Seleção precisava ao buscar jogadas, cruzamentos, se apresentar para tabelas. E em uma partida que se desenhou tão pesada, o empate veio por via aérea: Raphinha alçou para Marquinhos estufar a rede.

A arriscada aposta pelos lados ficou mais extensa: Paquetá saiu para a entrada de Vinicius Júnior. Por linhas tortas, o quarteto de atacantes acabou funcionando depois de tantas tentativas diante da frágil Venezuela. Dos pés de Vinicius Júnior surgiu o lance que culminou no pênalti sofrido (e convertido) por Gabigol.

O único gol com bola rolando veio nos acréscimos, novamente com Raphinha em cena. O atacante aproveitou lançamento de Emerson, cruzou e Antony completou para a rede. Suficiente para garantir os 100% nas Eliminatórias. Mas longe do "alto nível" que Tite considerou do segundo tempo. E mais: ainda muito longe de pensar em uma disputa de título no Mundial.

Lance!
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